O Banco Central americano de Atlanta confirmou que seu modelo, o GDPNow, agora prevê uma queda de 1,6% do PIB americano no segundo trimestre. A queda seria a segunda segunda consecutiva, após uma queda de 1,5% no primeiro trimestre.
A previsão, que segundo o FED, não é uma estimativa, mas uma análise dos indicadores econômicos disponíveis, coloca os EUA em recessão técnica, quando há queda consecutiva por dois trimestres.
A principal vilã da recessão dos EUA neste momento é, segundo o FED, a alta dos juros, que retrai a produção econômica.
A alta de juros, realizada pelo FOMC, o comitê geral de política monetária do FED, tem sido prevista para chegar a 3,5%, saindo de 0,25%. A elevação ocorre em meio a inflação americana, a maior desde 1980, quando os EUA enfrentavam os efeitos do segundo choque do petróleo em meio a revolução iraniana.
A queda na economia americana já tem sido sentido em meio a commodities. O petróleo chegou a cair abaixo dos $95, um nível mais baixo do que no início da guerra entre Rússia e Ucrânia.
A alta de juros do FED deve durar até 2023, quando o banco central americano deverá implementar ainda o Quantitative Tightening, uma medida para vender ativos hoje sob posse do balanço do banco central, aumentando a pressão vendedora de ativos.
No Brasil, as revisões do PIB apontam ainda para uma alta, com as previsões saindo de 1,2% para 1,9%. A pressão na China, porém, tem sido apontada como um fator de risco para a economia brasileira no segundo semestre, podendo haver uma desaceleração por aqui.
A inflação americana pode superar a brasileira este ano?
A alta de 1,3% no CPI, o consumer price index, em junho, levou o índice de inflação americano a atingir 9,1% no acumulado de 12 meses.
Trata-se do maior valor desde a crise do petróleo em 1979. Desta vez, como na última ocasião, o grande vilão também são os combustíveis.
O preço da gasolina subiu 50% no acumulado de 12 meses nos EUA, uma notícia significativa para os consumidores, sem o efeito similar ocorrido no Brasil: aumento de arrecadação.
Na média, estados e prefeituras americanas cobram $0.35 cents por galão, enquanto o governo federal mantém o valor fixo em $0,18 há cerca de 30 anos. Com o galão custando $4,9, os impostos representam pouco mais de 10% do preço da gasolina nos Estados Unidos, contra 56% no Brasil.
Por aqui, a alta no preço dos combustíveis tem levado ao aumento de arrecadação por parte dos governos federal e estaduais.
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