Presente no Brasil desde 2014, a Uber acabou virando um exemplo para o Ministro do Trabalho Luiz Marinho sobre a regulamentação dos aplicativos, uma pauta considerada “essencial” para boa parte da base de apoio do novo governo.
Marinho alega que a resistência da multinacional americana sobre uma nova regulamentação é apenas “fogo de palha”, mencionando que a empresa já ameaçou fazer o mesmo (sair do país), em outros locais onde se avançou em uma regulamentação.
A ideia do Ministro é buscar uma regulamentação que dê maiores garantias ao trabalhador, avançando em uma regulação que altere a relação entre as plataformas e os prestadores de serviço.
O caso tem sido controverso, com tribunais negando a existência de um vínculo empregatício, enquanto outros reconhecem a existência de um.
Com mais de 1 milhão de motoristas no Brasil, a Uber tem por aqui seu segundo maior mercado, atrás apenas dos EUA.
Além da própria Uber, outras empresas no país têm se articulado para participar das discussões em torno da regulamentação do setor, com presença no congresso.
Em uma ironia sobre o caso, o ministro complementou sua fala alegando que, em último caso, os Correios poderiam substituir a Uber, dada sua experiência com logística.
