Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), praticamente sentenciou o X no Brasil ao comprar briga com Alexandre de Moraes. Durante este final de semana, o bilionário disse que o ministro do Supremo Tribunal de Justiça deveria renunciar. Desse modo, o resultado pode ser o bloqueio iminente da rede social para os brasileiros. Após eventos do X, mais brasileiros buscam uma rede social anti-censura.
Nas últimas 48 horas, Musk fez várias postagens criticando Alexandre de Moraes. Desse modo, o empresário pede a renúncia ou o impeachment do juiz. Ele alega que suas exigências para a plataforma “violam a legislação brasileira”. Mas quais redes sociais, hoje, suportariam uma decisão judicial de censura?
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Em resposta, observadores do mercado de tecnologia blockchain, afirmam que a rede distribuída poderia ser uma alternativa. Entre os exemplos, usuários lembram de Lens.
O Lens Protocol é uma rede social descentralizada anti-censura construída na blockchain Polygon. Ou seja, ela utiliza NFTs e contratos inteligentes para oferecer uma estrutura anti-censura. Isso porque, NFT é um ativo digital que pode ser auto custodiado pelo próprio usuário. Ao contrário de uma criptomoeda, o NFT não é fungível.
Ou seja, ele representa algo, como uma imagem, um vídeo ou qualquer metadado que possa ser relacionado com o ativo. Portanto, desta maneira torna o Lens componível para aplicações criarem plataformas de mídia social no espaço Web3.
Em outras palavras, eu posso guardar minhas publicações, e meu perfil social dentro de um ativo digital, e custodiar na minha carteira virtual. Assim, ninguém tem o poder de tirar do ar.
Fundado por Stani Kulechov, criador da Aave, em 2022, o projeto Lens Protocol representa um passo em direção à redefinição das interações em mídias sociais sob a ótica da tecnologia descentralizada.
Como o Lens, rede social anti-censura, funciona?
O Lens Protocol baseia-se em vários princípios fundamentais. Toda interação dentro do gráfico social, como postagens ou seguidores, é realizada como uma transação no blockchain, garantindo transparência e segurança.
Os dados e ações dos usuários são encapsulados dentro de NFTs ERC-721. Isso permite que os usuários possuam seu Perfil, e todo conteúdo nele inserido, em formato de um NFT. Assim, facilitando que transportem seus dados de forma contínua entre diferentes aplicações construídas sobre o Lens Protocol.
Conforme dados do agregador Dune Analitycs, já existem mais de 289 mil perfis, em formatos de NFTs, da rede social. Além disso, são mais de 26 milhões de interações na rede social desde que foi ao ar em meados de maio de 2022.
Os dados são menos contabilizados na rede blockchain da Polygon, desde que a equipe lançou sua própria rede de segunda camada. A rede de segunda camada é um blockchain adjacente, com objetivo de escalonar e escalar a usabilidade da rede social com mais facilidade.
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