Nesta super-quarta monetária com o super anúncio que informou que tudo vai super continuar do mesmo jeito, um termo em especial se destacou nas manchetes e falas dos economistas, o chamado “Tapering”.
Com isso em vista, preparamos para você, que não entende de economês (ou quer saber mais sobre) um breve resumo sobre política monetária explicando a origem desse termo e sua importância para a economia mundial.
Para entender o que é o Tapering temos que voltar um pouco no tempo e contextualizar o período econômico no qual vivemos.
Com a pandemia de COVID-19 e a inevitável recessão econômica, os bancos centrais ligaram suas impressoras a níveis nunca antes vistos pelo mercado, tudo isso em uma tentativa de amortecer os efeitos da crise.
Basicamente, o banco central americano, mais conhecido como FED (Federal Reserve), utilizou de todo seu poder para imprimir dinheiro e comprar ativos em busca de abastecer o mercado financeiro em meio a crise pandêmica.
E para isso acontecer, o FED injetou mais de US $4 trilhões no mercado financeiro desde 2020, mantendo a política expansionista até os dias atuais, introduzindo US $120 bilhões mensalmente na economia
O orçamento desse projeto de retomada econômica supera todos os momentos de expansão monetária já vivenciados pela humanidade, desde o New Deal até a crise imobiliária de 2008.
O gráfico abaixo representa o balanço total de ativos do FED:
E foi dessa forma que o mercado financeiro mundial funcionou desde o início da pandemia, recebendo um grande soro anabolizante monetário advindo das impressoras do Federal Reserve.
A questão por trás do Tapering é justamente “quando” os dirigentes do FED irão decidir começar a reduzir gradualmente estes estímulos. Em termos técnicos, o Tapering é a redução da taxa pelo qual um banco central acumula ativos em seu balanço patrimonial.
Essa redução gradual é a primeira etapa no processo de desaceleração (ou retirada completa) de um programa de estímulo monetário que foi executado (no caso o programa de combate da COVID-19).
Em seu discurso de hoje, Jerome Powell, presidente do FED, não definiu quando o evento deve se iniciar, mas a expectativa é de que seja a partir de 2022. O Tapering previsto se baseará na redução da compra dos ativos de US $120 bi para US $90bi, diminuindo gradualmente a injeção monetária realizada pelo banco.
O último Tapering ocorreu em 2013-2014, quando o FED anunciou que havia atingido sua meta de expansão do balanço dos ativos de US $4,5 trilhões após a crise de 2008. Em tese, haveria uma redução gradual dos estímulos por parte do banco que resultaria na queda do balanço do FED para US $3 trilhões em 2020.
Ao invés disso, os dirigentes do Federal Reserve enfrentaram uma forte e insistente birra do mercado e mantiveram o balanço em cerca de US $4,5 trilhões até o início de 2018.
Quando finalmente o banco começou a enxugar seus ativos em leves reduções, o mercado reagiu negativamente e passou a indicar uma “recessão iminente”. Encurralado, o FED fez o que todos queriam, acelerou as políticas de aumento de ativos até o início da pandemia de COVID, quando aumentou ainda mais a aquisição buscando amenizar os efeitos.
Metaforicamente, nos próximos meses a economia mundial se baseará em uma criança birrenta extremamente teimosa que se nega a largar sua chupeta, da qual ele não necessita mais. E por retrospecto, podemos afirmar que o evento deve se repetir no próximo Tapering.
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