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E se os EUA perdessem as chaves para a Reserva de Bitcoin?

Com a recente decisão do governo dos Estados Unidos de criar uma reserva estratégica de Bitcoin, a pergunta inevitável surge.

Muitas histórias sobre as pessoas que perderam suas chaves para acessar seus Bitcoins viralizaram na internet nos últimos anos. Contudo, com uma reserva estratégica de Bitcoin tão próxima de acontecer nos EUA, muitos questionam sobre o que aconteceria se ao invés de um homem revirando um lixão em busca de suas chaves Bitcoin, fosse o governo da maior economia do mundo.

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Desse modo, com a recente decisão do governo dos Estados Unidos de criar uma reserva estratégica de Bitcoin, uma pergunta inevitável surge. O que aconteceria se o país perdesse as chaves de acesso a essa reserva?

De fato, a autocustódia é uma responsabilidade do tamanho dos poderes que ela traz. Diferente do sistema financeiro tradicional, onde a recuperação dos ativos pode ser por meio de bancos e instituições centrais, o Bitcoin opera em uma infraestrutura descentralizada e irreversível.

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Mas antes disso é preciso avaliar qual a probabilidade de isso acontecer, e como o país evitaria essa dor de cabeça de bilhões. E já existem meios avançados para evitar isso.

Apresento ao Tio Sam, a Wallet Multisig

Para minimizar o risco de vermos o Trump revirando a Casa Branca nos EUA em busca de suas chaves Bitcoin, carteiras institucionais de Bitcoin costumam adotar um sistema conhecido como multisig (assinatura múltipla). Nesse modelo, a segurança da reserva de Bitcoin não depende de apenas uma chave privada, mas sim de um conjunto de chaves distribuídas entre diferentes partes ou entidades.

Como funciona uma carteira multisig?

Em uma wallet tradicional, uma única chave privada é usada para assinar transações. Se o investidor perder essas chaves, os fundos se tornam inacessíveis. Contudo, em uma wallet multisig, são necessários múltiplos assinantes para validar e autorizar transações. Por exemplo, uma configuração 3 de 5 significa que há cinco chaves no total, e pelo menos três delas são necessárias para autorizar uma transação.

Desse modo, a abordagem reduz o risco de perda ou roubo, pois mesmo que a chave seja comprometida, os fundos ainda estarão protegidos.

Se os EUA implementassem um sistema multisig para sua reserva de Bitcoin, a perda de uma única chave não seria suficiente para comprometer o acesso aos fundos. Além disso, esse modelo pode coexistir com soluções institucionais para garantir ainda mais segurança. Ou seja, nada impede que os EUA delegue a custódia das chaves para instituições confiáveis, e não pessoas.

Como funcionam as custódias institucionais, como a Fireblocks?

Além de multisig, muitas instituições que armazenam grandes quantias de criptomoedas utilizam serviços especializados de custódia institucional, como os oferecidos por empresas como Fireblocks, Anchorage Digital e Coinbase Custody.

Principais características dessas custódias institucionais:

  • Computação multipartidária segura (MPC): Diferente da multisig, essa tecnologia divide uma chave privada em fragmentos criptografados e o armazenamento acontece separadamente. O que torna muito mais difícil o acesso indevido ou a perda total da chave.
  • Redundância e backups seguros: As chaves são distribuídas em diferentes locais seguros, protegidos contra desastres naturais, ataques cibernéticos e acessos indevidos.
  • Autorização baseada em políticas: Para realizar uma transação, múltiplas aprovações são necessárias, geralmente seguindo regras definidas previamente pela instituição.
  • Monitoramento e auditoria contínua: Sistemas como os da Fireblocks rastreiam todas as movimentações, garantindo conformidade com regulamentações e maior transparência.

Se os EUA adotassem uma solução como a Fireblocks para a custódia da reserva de Bitcoin, o risco de perda de acesso seria extremamente menor.

Mesmo em cenários catastróficos, como a perda de um servidor inteiro ou comprometimento de um datacenter, os fundos poderiam ser recuperados por meio de backups redundantes e procedimentos de recuperação altamente seguros.

Se, por algum motivo, os EUA perdessem todas as chaves privadas e não tivessem um plano como este para recuperar, aí sim, estariam perdidos para sempre, para qualquer um.

Portanto, excelente. O efeito na teoria diminuiria significativamente a oferta em circulação. O ativo se tornaria ainda mais escasso do que já é.

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