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Economia

Como a Blackrock perdeu $1.7 trilhão em 6 meses

Maior gestora do planeta, a Blackrock teve o pior resultado de sua história no primeiro semestre deste ano.

Maior gestora do planeta, a Blackrock é conhecida por quebrar recordes em total de recursos administrados. Em 2021, a gestora fundada por Larry Flink atingiu a marca de $10 trilhões. 

Criada em 1988, a Blackrock se tornaria famosa pela capacidade de gestão de risco, algo que lhe renderia fama em meio a crises futuras, como a bolha das ponto com e a crise do Subprime. 

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De fato, sua capacidade de gerir riscos chegou a ser reconhecida a ponto de a gestora ser chamada pelo Banco Central americano para ajudar a administrar as medidas contra a crise em 2008, época na qual a Blackrock sofreu quedas mínimas em seus fundos, comparado ao colapso do mercado.

De lá pra cá, a gestora teve um salto de ao menos 6 vezes no seu total de ativos administrados, seguindo uma estratégia de gestão passiva.

Por meio da compra de Barclays Global Investors, a Blackrock tornou-se a maior gestora de ETFs do mundo, a frente de gigantes como o Morgan Stanley Capital International (MSCI). 

Atualmente, ao menos 9 em cada 10 dólares sob gestão da empresa seguem uma estratégia passiva, ou em suma, buscam copiar o índice, seja ele um índice setorial (como cripto), ou ligado a bolsa de valores (como o iBovespa).

A perda de $1,7 trilhão em ativos portanto, chama atenção. 

Segundo o CEO da empresa, em uma conferência de resultados, o fato reflete o pior primeiro semestre para o mercado de títulos e de ações nos últimos 50 anos.

O S&P 500, Índice que reúne as 500 maiores empresas americanas, caiu 17% no primeiro semestre, enquanto o Nasdaq Composite, que reúne as ações da bolsa de tecnologia americana, caiu 24,3%.

O que chama atenção na queda do total de ativos da Blackrock, porém, está no fato de que apenas ¼ do total de ativos está em linha com o benchmark. Em suma, a empresa não tem conseguido seguir os índices que se propõe. 

A estratégia de seguir com ETFs, entretanto, tem se mostrado eficiente. Outra gestora, a Vanguard, tornou-se famosa ao apostar apenas em fundos de índice, que possuem taxas muito menores, gerando assim um retorno maior ao investidor.

Na prática, ao reduzir a taxa de performance, os ETFs conseguem acumular retornos similares ao mercado, com menor custo e volatilidade do que fundos de gestão ativa.

No Brasil, o número de ETFs têm se tornado crescente. A B3, a bolsa brasileira, tem apostado em ETFs, incluindo aqueles considerados “temáticos”, como o QBTC11, ETF 100% alocado em Bitcoin. 

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