Foi em 1935 que um grupo de empresas brasileiros, argentinos e uruguaios deu início a primeira refinaria de petróleo do Brasil.
Construída na cidade de Rio Grande, a refinaria Ipiranga nasceu cerca de 16 anos antes da Petrobras, e portanto da campanha “o petróleo é nosso” que resultaria na criação do monopólio do setor.
Por décadas, a Refinaria Ipiranga e a refinaria de Manguinhos se mantiveram como as duas únicas empresas no setor de refino, ainda que representassem juntas menos de 1% do setor.
Agora, a Refinaria Landulpho Rodrigues, na Bahia, passa a ser controlada pelo fundo de Abu Dhabi, Mubadala.
Ainda que não fosse um monopólio por lei, desde 1997, o setor de refino no Brasil se manteve um monopólio na prática desde que foi estabelecido em 1953.
A competição com a estatal foi responsável por afastar empresas do setor, deixando os brasileiros dependentes de uma única companhia na área.
Agora, em meio a um programa de desinvestimentos que prevê focar a atuação da Petrobras em exploração e produção, ativos alheios a este projeto estão sendo vendidos.
A ideia é permitir que a concorrência no setor atraia investimentos em um mercado ainda cético.
Os árabes devem desembolsar R$10,1 bilhões pelo negócio.
A Rlam, como é conhecida a refinaria, é responsável hoje por 333 mil barris refinados diariamente, o que equivale a 14% do total de capacidade do país.
Desde que iniciou seu processo de reestruturação, em 2015, a Petrobras conseguiu reduzir sua dívida de $130 bilhões para $60 bilhões de dólares, deixando de ser a segunda empresa mais endividada das Américas para uma das mais rentáveis do mundo.
A redução da dívida levou a estatal a aumentar o total de dividendos distribuidores aos seus acionistas (que incluem a União, como maior acionista, além de investidores brasileiros e internacionais).
A política de dividendos deve garantir R$66 bilhões em lucros apenas em 2021, dos quais cerca de 40% devem ir para o governo diretamente.
Responsável por 10% da economia brasileira, direta e indiretamente, a Petrobras promoveu em 2010 uma capitalização que resultou em $70 bilhões de dólares, o que na cotação de hoje supera o valor de mercado (R$396,3 Bilhões contra R$395,7 bilhões do valor de mercado atual).
O retorno foi turbulento no período, considerando os prejuízos da empresa com a manipulação de preços de combustíveis, uma questão que volta à tona neste momento justamente pela ausência de manipulação, o que ajuda o preço da gasolina a subir mais de 70% no ano.
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