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Economia

Buser, a empresa que quebrou o oligopólio rodoviário se vê ameaçada pela regulação

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), derrubou o veto do governador Romeu Zema sobre a Preposição de Lei que regulamenta o fretamento de veículos de transporte coletivo. A decisão afeta diretamente as operações da Buser, que se vê ameaçada pela crescente regulação.

De todos os setores regulados do Brasil, o setor de transporte rodoviário é o que tem apresentado maior dificuldade e resistência para a instauração de um ambiente regulatório competitivo e frutífero para os passageiros brasileiros.  

O setor que até poucos anos atrás era dominado por poucas empresas tradicionais que ofereciam um serviço pífio aos passageiros de todo o Brasil, vem sofrendo uma imensa transformação nos últimos 4 anos. 

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Apenas o consumidor brasileiro sabe bem a gravidade do oligopólio formado nas últimas décadas, com linhas super precificadas operadas por veículos de pior categoria, fornecendo o mais baixo nível de conforto e custo benefício possível. 

O legado destas empresas tradicionais que anunciam nos dias atuais a cantilena de que garantem o “transporte público” aos brasileiros é um mercado que até então não tinha nenhuma perspectiva de melhora. Mesmo hoje, com a concorrência batendo na porta, o oligopólio ainda é gigantesco, segundo dados da ANTT, 66% das linhas rodoviárias interestaduais do país são operadas por uma única empresa, e 26% por apenas duas que praticam exatamente os mesmos preços. 

Mas isso está mudando, e muito rápido. Atuando efetivamente desde 2018, a Buser é a empresa que vem transformando radicalmente essa realidade. Fundada em São José dos Campos por dois Marcelos, Marcelo Abritta e Marcelo Vasconcellos, a startup vem remodelando toda a dinâmica do setor rodoviário. 

Com uma proposta inovadora, a plataforma intermedeia viagens entre os clientes e a empresa de fretamento, algo análogo ao Uber.

“Na prática, inviabiliza qualquer aplicativo de intermediação do setor de fretamento. Somos uma plataforma, não temos nenhum ônibus, todo o serviço que intermediamos é com as empresas de fretamento, que já estão aptas a prestar esse serviço”, afirmou o cofundador da Buser, Marcelo Vasconcellos.

Melhor impossível para o bolso e conforto dos brasileiros. Segundo a própria companhia, os preços podem ser até 70% mais baixos do que os oferecidos por empresas que atuam em linhas concedidas pelo poder público. 

Com mais de 2 milhões de usuários, a Buser levantou R$700 milhões em uma rodada de investimentos com diversos financiadores, buscando crescer e transformar o setor ao longo de todo território brasileiro. 

Brasil, o país onde o retrocesso é geral

Mas todos nós sabemos que vivemos no Brasil, e essa bela história de empreendedorismo disruptivo não poderia crescer sem obstáculos impostos pelos reguladores. Afinal, como pode uma empresa transformar um setor amplamente dominado por endinheirados oferecendo melhores condições ao consumidor brasileiro.

Mas na realidade brasileira, o regulador atua diretamente contra o consumidor. Com o florescimento da Buser diversas ações já foram movidas contra a empresa, levando ao interrupção temporária da operação da empresa em alguns estados. 

Ao longo dos últimos anos a empresa tem se defendido e vem conquistando o direito de atuar no setor, com destaque para Minas Gerais, onde o então governador Romeu Zema (NOVO) sancionou em janeiro o decreto que acaba por autorizar e facilitar a atuação da empresa no território mineiro. 

Mas nessa quarta-feira (10), a ALMG vetou o veto em reunião extraordinária por 40 votos a favor, Especificamente, os em setembro Zema vetou pontos que correspondiam aos artigos 3º, 4º, 5º e aos incisos I e III do artigo 6º do projeto. Que se tratam dos itens mais criticados pelos fretadores que atuam por meio de aplicativos como a Buser, tais como obrigatoriedade de apresentação de uma lista de passageiros com seis horas de antecedência e a exigência de que os clientes façam a viagem de ida e volta, o chamado “circuito-fechado”

Sob o âmbito nacional, em maio avançou no Congresso o projeto de lei que muda a concorrência no transporte rodoviário, alarmando novas empresas do setor, como a Buser. No dia 28 de maio a Câmara aprovou o regime de urgência para a proposta aprovada no Senado em dezembro. Com isso, o projeto deve ser votado nas próximas semanas. 

A aprovação do projeto interessa figuras conhecidas do parlamento, entre eles o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, cuja família é dona de duas grandes empresas de ônibus: Viação Real e Santa Rita. 

O projeto apresentado pelo senador Marcos Rogério, do DEM de Rondônia, revoga 14 mil autorizações de operações em linhas interestaduais concedidas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) desde 2019. 

Colocando em cheque a gritante evolução de empresas como a Buser, que viabilizaram o barateamento das passagens e melhoria das condições de transporte. Tudo isso está em um jogo de apoio político arquitetado por parasitas do poder público, que pouco se importam com a melhoria do serviço prestado aos brasileiros. 


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