O aplicativo de mensagens Telegram, conhecido por sua postura de liberdade e privacidade, enfrentou alguns desafios no Brasil ao longo de 2022 e 2023, onde o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que a empresa indicasse novos representantes legais no país e se caso a determinação não fosse cumprida, o aplicativo seria suspenso por 48 horas e tomaria uma multa diária de R$ 500 mil.
O Telegram operou no Brasil por vários anos sem estabelecer um escritório ou indicar um representante que pudesse responder pela empresa. Essa situação só mudou em março do ano passado, após a primeira ameaça de suspensão. O STF exigiu explicitamente a designação de um representante legal. Naquele momento, o Telegram havia ignorado centenas de notificações judiciais para a remoção de conteúdo e compartilhamento de informações.
Enquanto o Telegram lidava com essas questões legais, discussões estavam em curso sobre futuras integrações com sistemas financeiros brasileiros. Um exemplo promissor é a possibilidade de integração com o Drex, a moeda digital do Banco Central do Brasil.
O BlockTrends conversou recentemente com Victor Mendes, Head de Business Development na Wallet in Telegram, para saber sobre as perspectivas de uma possível integração Mendes é brasileiro, é head de BD global da parte de Wallets no aplicativo. Confira a entrevista:
BT: Seria possível ver no futuro uma integração com Drex, como vemos no WeChat com Yuan digital?
VM: Atualmente, na Wallet você já consegue comprar cripto, fazer o on-ramp, pagando com PIX. Pode ser feito através de algumas plataformas de on-ramp que já estão integradas.
Por exemplo, o Alchemy Pay, Unlimited Cripto, Transak, tem algumas outras também que aceitam PIX. Eu acho que nada impossibilita que a gente se integre com o DREX de alguma forma.
Porém como o DREX é construído em um outro blockchain, que não é TON, e TON não é EVM, acaba sendo um gargalo para a integração com outras redes. Mas acho que não está descartado essa hipótese.
Integração com Drex
A integração com o Drex não está descartada, embora existam desafios técnicos significativos. O Drex é construído em um blockchain diferente do TON (The Open Network), que é a base do Telegram. Além disso, o TON não é compatível com a Ethereum Virtual Machine (EVM), o que cria barreiras para a integração com outras redes blockchain.
Apesar dessas dificuldades, a possibilidade de uma integração futura com o Drex poderia abrir novas oportunidades para o Telegram no Brasil, tornando-o mais atrativo para os usuários que buscam facilidade nas transações financeiras digitais. Essa integração poderia espelhar o que vemos no WeChat com o Yuan digital na China, onde as funcionalidades de pagamento digital estão profundamente integradas ao aplicativo de mensagens.
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