Confira os destaques
1)
Segundo maior produtor mundial de petróleo, a Rússia tem influência direta sobre a oferta, e consequentemente do preço da commodities.
Com o início do conflito, o petróleo disparou e aumentou ainda mais a disparidade com o preço praticado no Brasil.
Desde o último reajuste feito pela Petrobras, em 12 de janeiro, o preço já subiu 40%.
2)
Apesar de ser considerado por muitos ufanistas como “o celeiro do mundo”, o Brasil continua sendo um grande importador de determinados tipos de grão.
Um desses grãos é o trigo, do qual 6,5 milhões de toneladas são importadas. Desde o início do conflito, houve uma alta de cerca de 40% no preço do trigo, uma vez que Ucrânia e Rússia respondem por 29% do total de trigo exportado no mundo.
Este material foi elaborado pela QR Capital Gestora de Recursos (“QR Asset Management”), gestora de recursos devidamente credenciada na Comissão de Valores Mobiliários - CVM. O investimento em Fundos de índice envolve riscos, inclusive de deslocamento do índice de referência e relacionados à liquidez das cotas no mercado secundário. Antes de investir no fundo, leia o Regulamento e as informações constantes no site https://www.qrasset.com.br/qdfi11, em especial, a seção fatores de risco. O site é a forma de divulgação de informações oficiais do fundo. Rentabilidade passada não é garantia de renatiblidade futura. Fundos de investimento não contam com garantia do administrador, do gestor, de qualquer mecanismo de seguro ou fundo garantidor de crédito - FGC.
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3)
Se por um lado há queda na produção de determinados grãos, por outro o problema está na posição relevante da Rússia como exportador de fertilizantes.
O país é o maior exportador do mundo, com $8,9 bilhões de dólares por ano em vendas. Já o Brasil, é o maior importador.
Ao menos R$1 em cada R$5 faturados pelo agro brasileiro se vai para bancar fertilizantes.
4)
A escalada do conflito levou os países ricos a repensarem sua estratégia de alta de juros, prevista para ocorrer com maior intensidade neste ano.
O FED, o banco americano, que previa até 6 altas de juros, já recuou. O ECB, o banco central europeu, também seguiu por uma linha similar.
O risco é de que o aumento no custo da energia possa provocar uma recessão nas economias desenvolvidas, algumas ainda fragilizadas pela pandemia.
5)
Como Richard Cantillon mostrou ainda no século XVIII, aqueles que estão mais próximos da impressora de dinheiro tendem a se beneficiar.
Governos em qualquer lugar do planeta se beneficiam de uma alta de preços, pois são eles quem primeiro podem gastar as notas impressas, e ao final, serão eles que irão aumentar sua arrecadação.
A expectativa é de que na ânsia de evitar uma recessão, os governos sejam mais lenientes com a inflação. O problema, claro, é que não é improvável que acabemos por ter ambos: inflação e recessão.
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