O cenário global de adoção do Bitcoin se intensifica, e sinais claros apareceram ao decorrer deste ano, segundo mostram especialistas e relatórios de grandes empresas. Com um impulso de mudanças políticas, regulatórias e corporativas, o preço do Bitcoin pode atingir novos patamares em 2025.
Sob a ótica da teoria dos jogos, três movimentos simultâneos podem criar o ambiente perfeito para que o preço do Bitcoin dispare. Todos começam nos EUA, que é a maior economia do mundo, mas não param no país do Tio Sam.
São eles: a flexibilização do ambiente regulatório nos Estados Unidos, a adoção corporativa de reservas estratégicas em BTC e a corrida entre países para adquirir o ativo como reserva nacional.
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1ª Jogada: regulamentação amigável nos EUA e ETFs
Com a volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos em 2025, o mercado cripto pode entrar em uma nova era de aceitação institucional. Tump escolheu nomes estratégicos para cargos-chave, todos alinhados com uma postura pró-Bitcoin. Confira os nomes indicados até então.
- Scott Bessent, indicado como Secretário do Tesouro, possui uma longa trajetória no mercado financeiro, tendo sido Chief Investment Officer (CIO) no Soros Fund Management. Sua visão favorável ao mercado cripto reforça a inclinação do governo em integrar o Bitcoin à economia.
- Howard Lutnick, CEO da Cantor Fitzgerald e líder da corretora BGC Group, foi indicado para secretário do Comércio. Lutnick, conhecido defensor do Bitcoin, traz consigo uma expertise de Wall Street, o que pode impulsionar a adoção de ETFs de Bitcoin e novos produtos financeiros.
- Paul Atkins, ex-comissário da SEC (2002-2008), foi indicado para substituir Gary Gensler na presidência da Comissão de Valores Mobiliários. Atkins deve adotar uma abordagem mais flexível em relação aos ETFs e ao mercado cripto, facilitando a oferta desses ativos por corretoras e consultores financeiros.
Essas mudanças criam um ambiente regulatório mais amigável, incentivando o crescimento dos ETFs de Bitcoin. Relatórios mostram como o aumento da confiança do mercado institucional é um grande fator de adoção. O selo de aprovação do governo americano reduz riscos legais. Desse modo, permitindo a entrada de capital em larga escala.
Segundo o relatório anual “Crypto Market Outlook 2025” do Sygnum Bank, apesar do lançamento do ETF à vista ser o melhor da história, ainda não atingiu seu real potencial. Na realidade, nem perto disso. O relatório revela que, em 2024, os ETFs de Bitcoin já acumulavam cerca de 110 bilhões de dólares em ativos sob gestão (AUM).
Com a entrada de grandes instituições financeiras, como BlackRock e Fidelity, o fluxo líquido para esses ETFs alcançou entre 11 e 12 bilhões de dólares, provocando impactos diretos no preço do Bitcoin.
ETFs de Bitcoin podem dobrar em 2025
A cada bilhão de dólares alocado, o preço da criptomoeda aumentou entre 4,5% e 6%, segundo o relatório.
Para 2025, a Sygnum Bank projeta que o mercado de ETFs pode dobrar seu tamanho, atingindo um AUM entre 200 e 220 bilhões de dólares, justamente pelo alívio no ambiente regulatório.
O relatório sugere que, mesmo com uma alocação conservadora de 1% dos portfólios institucionais globais em criptomoedas, bilhões de dólares adicionais poderiam entrar no mercado. Portanto, potencialmente levaria o Bitcoin a novos patamares de preço, consolidando seu status como uma classe de ativo confiável e valiosa.
Além disso, grandes fundos de pensão, como os dos estados do Arizona e da Flórida, estão considerando legislações que permitam a inclusão do Bitcoin em suas reservas. O relatório também menciona que alguns investidores estão dispostos a alocar até 25% de seus portfólios em ativos digitais no longo prazo.
2ª Jogada: adoção corporativa em reservas estratégicas
Ademais, a segunda peça nesse tabuleiro é o movimento corporativo. Esse movimento tomou maior forma com a MicroStrategy comprando Bitcoin em peso para sua reserva estratégica. Após a empresa valorizar quase três vezes mais que o próprio Bitcoin, outras empresas assumiram o risco.
Neste mês, a FASB (Financial Accounting Standards Board), organização norte-americana responsável por padronizar normas contábeis, anunciou mudanças que permitem às empresas registrar o Bitcoin em seus balanços com “valor justo”.
Anteriormente, o BTC era contabilizado apenas pelo preço de compra, ignorando qualquer valorização. Agora, as empresas poderão atualizar seus registros conforme a valorização de mercado, aumentando seus lucros contábeis e legitimizando o Bitcoin como um ativo estratégico.
De acordo com Cauê Oliveira, analista do BlockTrends PRO, essa mudança terá impacto significativo. “Isso vai amplificar a acumulação corporativa e, antes de países utilizarem como reserva estratégica, veremos outras empresas adotando também”, disse.
O cenário favorece uma corrida corporativa para acumular Bitcoin. Desse modo, transformando-o em um ativo essencial nos balanços das principais empresas globais.
Vale dizer que, apesar de rejeitarem, a estratégia já chegou na mesa dos diretores da Microsoft.
3ª Jogada: Países começam a comprar Bitcoin em 2025
Por fim, a jogada final, o xeque-mate, está nos movimentos de países para adotar o Bitcoin como reserva nacional estratégica. Uma ordem executiva americana para a criação de uma reserva nacional de Bitcoin já está pronta, faltando apenas a assinatura de Trump.
Caso isso aconteça, outras nações poderão se sentir pressionadas a seguir o exemplo para não ficarem em desvantagem econômica. Além dos EUA, países da União Europeia já começam a se movimentar.
A parlamentar Sarah Knafo fez um discurso contundente no Parlamento Europeu, defendendo a criação de uma reserva estratégica nacional de Bitcoin. Segundo ela, a medida é necessária para proteger cidadãos contra a inflação, déficits crescentes e o “controle totalitário” do BCE com o euro digital.
O presidente Vladimir Putin, da Rússia, também afirmou que o país não ficará de fora dessa corrida, enquanto El Salvador e Butão já lideram a mineração do ativo em suas regiões.
Anteriormente, neste trimestre El Salvador anunciou planos de alugar vulcões para mineradoras internacionais, uma iniciativa inovadora e de baixo custo energético. Donald Trump, por sua vez, deixou claro o interesse em tornar os Estados Unidos o principal minerador de Bitcoin do mundo, aproveitando os recursos energéticos disponíveis.
Com as três jogadas em andamento, o Bitcoin se torna inevitável no cenário global. Desse modo, a competição entre países e empresas deve acelerar sua valorização, consolidando-o como a principal reserva de valor do futuro.
Portanto, muitos especialistas acreditam que o xeque-mate está próximo: 2025 pode marcar o ano em que o Bitcoin deixará de ser uma alternativa e se tornará a principal peça do tabuleiro financeiro mundial.
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