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Economia

Trabalhadores de tecnologia estão trocando a Califórnia por Miami graças ao excesso de regulação

Miami e Houston tem se destacado por menores regulações, especialmente quando comparadas a cidades como São Francisco e Nova York

Foi em 1971 que o jornalista Don Hoefler se referiu pela primeira vez a região da baía de São Francisco como “silicon valley”.

Fazendo menção a indústrias como AMD e Intel, cujos chips eram produzidos a base de silício, Don cunhou um termo que se tornaria quase uma obsessão de políticos ao redor do planeta.

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Criar seu próprio Vale do Silício é a ideia preferida para designar “modernidade”, afinal, a região cresceu muito além de fabricantes de Chips, tornando-se sede de empresas como Google, Facebook e boa parte das Startups descoladas.

Ainda assim, um problema ronda a região.

Com um PIB superior ao de países como Brasil, Canadá ou França, a Califórnia é por larga vantagem o estado mais rico dos Estados Unidos, sendo também considerado um dos estados mais “progressistas”.

Foi por lá, por exemplo, que a expressão NYMBY ganhou força, em uma sigla que significa “não no meu jardim”, para simbolizar moradores contrários a obras residenciais ou aumento da densidade urbana.

Os NYMBYs se tornaram um símbolo da dificuldade de se construir novas residências na cidade, um problema e tanto quando se trata de uma cidade com oferta de empregos qualificados.

Com restrições a construção, o custo de vida no “Vale”, se tornou um problema para as empresas.

Gigantes como Google e Facebook acabam pagando salários elevados que se convertem em custos como aluguel, sem verdadeiramente agregar aos funcionários.

Ao mesmo tempo, pequenas startups que ainda estão crescendo possuem um custo muito mais elevado para contratar, inviabilizando certos projetos.

Ao mesmo tempo em que a regulação por lá eleva o custo de vida, os impostos, que podem chegar a 56% da renda, consomem outra parcela importante.

Com custos elevados, o número de funcionários saindo da região tem crescido. Entre março de 2020 e março de 2021, o número de trabalhadores que se direcionam a região caiu 34,8%, com cidades como Miami ou Houston, no Texas, tendo aumentos expressivos de 15,4% e 10,4% respectivamente.

Nova queridinha das Startups, Miami vem promovendo políticas para atrair novas empresas e trabalhadores em meio a uma onda de trabalho remoto.

A cidade também vem se destacando por abraçar o ecossistema do bitcoin, com o prefeito Francis Suarez, um provável candidato a vice na chapa republicana em 2024, anunciando que pretende receber seu salário “100% em Bitcoin”.

No caso de Houston, as regulações mais leves para construção, tem sido o diferencial.

Um imóvel em Houston custa em média $244 mil, contra $1,1 milhão na média de São Francisco.

Mesmo grandes empresas como a Tesla também têm migrado para o Texas, deixando a Califórnia de lado, em especial graças aos impostos sobre o lucro.

Nova York, a segunda cidade que mais perdeu trabalhadores de tecnologia, também luta para se manter relevante, tendo atraído o Google e o Facebook em investimentos bilionários. Uma tentativa de atrair a segunda sede da Amazon enfrentou resistência na medida em que a empresa exigia $5 bilhões em subsídios para se instalar na região.

O problema, claro, é que atrair grandes empresas, apesar de gerar anúncios pomposos, como o prédio mais caro já construído pelo Google, e que deve revitalizar uma antiga estação ferroviária, não tem sido o suficiente para amenizar a perda de outras empresas, menores, e pouco capazes de arcar com tais custos.

Na prática, o federalismo americano, onde cada estado decide o percentual cobrado de impostos, acaba abrindo brechas para que pessoas, e empresas, “votem com os pés”.

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