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Saylor explica porque esconde carteira com 500 mil Bitcoins

Ele argumenta que essa prática compromete a segurança de emissores, custodiantes, exchanges e investidores. Além de não fornecer uma visão completa da saúde financeira de uma organização.

Michael Saylor, presidente executivo da Strategy (anteriormente MicroStrategy), uma das maiores detentoras corporativas de Bitcoin do mundo, defendeu sua decisão de não divulgar os endereços das carteiras que armazenam os 500 mil Bitcoins da empresa.

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O montante, avaliado em cerca de US$ 55,5 bilhões, é guardado a sete chaves. Ou melhor, às 24 palavras. Durante a conferência Bitcoin 2025, Saylor criticou duramente a prática convencional de publicar provas de reservas (proof-of-reserves), chamando-a de “insegura” e “uma má ideia”.

Ele argumenta que essa prática compromete a segurança de emissores, custodiantes, exchanges e investidores. Além de não fornecer uma visão completa da saúde financeira de uma organização.

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A crítica de Saylor à prova de reservas

No vídeo, Saylor começa apontando que, apesar das lições aprendidas com os colapsos de exchanges como FTX e Mt. Gox, a comunidade institucional ainda não absorveu o que é necessário para avançar com segurança no mercado cripto.

Ele critica a prática de publicar provas de reservas, amplamente adotada por exchanges como Binance, Kraken e OKX, e gestores de ativos como a Bitwise. Em sua opinião, é “uma prova de reservas insegura” que “dilui a segurança do emissor, dos custodiantes, das exchanges e dos investidores”.

Para ele, é “uma má ideia”, comparável a “publicar os endereços bancários e os números de telefone de todos os seus filhos” e esperar que isso aumente a segurança da família.

Saylor explica que a Strategy, que detém 500 mil Bitcoins, aproximadamente 2,38% da oferta total de 21 milhões de BTC. Portanto, opta por não divulgar os endereços de suas carteiras para proteger seus ativos contra ataques cibernéticos.

“Nenhum analista de segurança institucional ou empresarial acharia uma boa ideia publicar todos os endereços de carteira, de modo que você possa ser rastreado para frente e para trás, e todas as transações futuras possam ser rastreadas”, argumenta.

Ele sugere que uma inteligência artificial configurada para análise profunda poderia listar “50 páginas de problemas de segurança” associados à publicação de endereços de carteira, como riscos de hackers, atores estatais e trolls.

O problema da prova de reservas

Um dos pontos centrais da crítica de Saylor é que a prova de reservas, como praticada atualmente, é incompleta. Isso porque foca apenas nos ativos e ignora os passivos. “É uma prova de ativos que é insegura, e não é uma prova de passivos”, afirma ele.

“Você possui US$ 63 bilhões em Bitcoin, mas tem US$ 100 bilhões em passivos? Se você contraiu US$ 5, 10, 20 ou 50 bilhões em passivos via contratos em fiat, a segurança não vale nada”, explica.

Essa lacuna pode mascarar a real situação financeira de uma empresa, enganando investidores sobre sua solvência. Um relatório da PwC sobre auditorias de criptoativos destaca que a ausência de uma prova de passivos é uma das maiores falhas das atuais provas de reservas. Pois não revela se uma empresa está insolvente.

Saylor defende que investidores institucionais exigem mais do que uma simples prova de ativos de quanto Bitcoins possuem. “Investidores institucionais ririam de mim se eu dissesse: ‘Aqui está uma carteira com US$ 72 bilhões’, e não mencionasse os passivos no balanço”, explica ele.

Para eles, documentos como o Form 10-K (relatório anual) e o Form 10-Q (relatório trimestral), exigidos pela SEC nos EUA, são fundamentais para avaliar a saúde financeira de uma empresa.

Ele enfatiza a importância de operar sob a Lei Sarbanes-Oxley, que impõe responsabilidade civil e criminal a diretores e auditores por informações financeiras fraudulentas. “É por isso que as pessoas confiam em empresas americanas: porque você vai para a cadeia se mentir”.

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