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Economia

Pirâmide com ator global de garoto propaganda enfim desmorona

Após buscarem retornos de 3% com “investimentos em ouro”, o que é no mínimo estranho, os investidores agora acusam a Manah de dar um “calote”.

Uma das mais famosas (suposta) pirâmides do Brasil, Mineradora Manah, enfim desmoronou. A (suposta) pirâmide com sede no Mato Grosso, está no centro de uma controvérsia após sofrer acusações crimes que envolvem não cumprimento com os pagamentos prometidos a diversos investidores.

Após buscarem retornos de 3% com “investimentos em ouro”, o que é no mínimo estranho, os investidores agora acusam a Manah de dar um “calote”. A empresa já contou com figuras famosas que promoveram-a. Por exemplo, os atores Márcio Garcia e Marcos Pasquim.

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Apesar disso, a empresa não possui registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Portanto, mesmo ainda sendo uma (suposta) pirâmide, não poderia operar legalmente no mercado financeiro de qualquer maneira.

Relatos no site Reclame Aqui indicam que os problemas nos pagamentos começaram em maio. Vários investidores reclamam de atrasos nos rendimentos e da dificuldade em obter o cancelamento dos contratos. Um investidor de Belo Horizonte afirmou que está há dois meses sem receber dividendos. O mesmo investiu mais de R$ 30 mil na empresa.

“Solicitei o cancelamento das cotas, que também não me devolveram. O atendimento no WhatsApp é péssimo, sempre dizem que estão em reunião e nunca dão uma resposta concreta”, relatou o investidor.

Em março, a empresa admitiu um “problema no sistema de pagamento” em resposta a uma reclamação no Reclame Aqui. Mas afirmou que já tinha entregue uma solução ao problema. No entanto, a insatisfação dos investidores continua, com a empresa oferecendo respostas genéricas e sem atender às solicitações de contato da imprensa.

Pirâmide está no final de vida “útil”

Segundo Jorge Calazans, advogado na defesa de investidores vítimas de fraudes financeiras e sócio do escritório Calazans & Vieira Dias Advogados, o caso da Manah Mineradora de Ouro está na fase final da vida “útil” de um Ponzi.

“Acusada de calote, a empresa operava de maneira que, embora inicialmente pudesse parecer legítima, apresentava claros sinais de um esquema Ponzi, onde a sustentabilidade dependia mais da entrada contínua de novos investidores do que de operações verdadeiramente lucrativas”, disse.

Calazans explica que com o colapso do esquema, a empresa agora tenta oferecer lotes de terrenos como uma forma de garantia aos investidores, apresentando essa proposta como um acordo extrajudicial.

“Embora essa manobra possa parecer uma tentativa de proteger os interesses dos investidores, ela levanta sérias dúvidas sobre as reais intenções dos responsáveis”, disse.

Isso porque, em muitos casos de piramides é comum que, após o colapso, os responsáveis tentam ganhar tempo ao oferecer garantias tangíveis. O intuito é de adiar as inevitáveis medidas judiciais e dissipar os últimos bens remanescentes antes que os investidores percebam a gravidade da situação.

“Dada a gravidade do caso, é essencial que essa oferta de terrenos não seja tratada apenas como um simples acordo extrajudicial, mas que ocorra sob a estrita supervisão das autoridades competentes, com a intervenção direta do Ministério Público (MP). Além disso, o acompanhamento de advogados que representem os interesses dos investidores. Essa supervisão é crucial para garantir que os direitos dos investidores sejam efetivamente protegidos e para impedir que essa manobra se torne apenas mais uma etapa na tentativa dos responsáveis de fugir das consequências legais”, explicou o advogado.

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