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O Ministério Público de São Paulo denunciou Diego Mazzi de Aquino, um operador do mercado financeiro da Faria Lima, por lavagem de dinheiro. Odair Lopes Mazzi Junior, conhecido como Dezinho, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), receberia o serviço.
Diego Mazzi de Aquino, operador do mercado financeiro da Faria Lima, atua como laranja de Odair Lopes Mazzi Junior, conhecido como Dezinho, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo acusações. Diego, que possui larga experiência no mercado, trabalhou em um grande banco e em uma corretora de investimentos. Ele fornece orientações para evitar alertas de bancos sobre operações financeiras suspeitas, segundo as acusações.
Dezinho, membro do PCC há mais de 20 anos, comandou o envio de R$ 1,2 bilhão da facção ao Paraguai e viveu uma vida de ostentação até sua prisão em julho. Nesse sentido, o Ministério Público afirma que Dezinho utilizava sua esposa, Carolina Mazzi de Aquino, e seus cunhados como laranjas na criação de empresas, compra de imóveis e gastos pessoais.
Na residência do casal, a Operação Sharks apreendeu joias e relógios de luxo avaliados em R$ 2 milhões. Portanto, acusam Diego de cometer três crimes de lavagem de dinheiro e de organização criminosa. O MPSP alega que um carro e contas de cartão de crédito de Dezinho estavam em nome de Diego. Uma Kia Sportage comprada por ele em 2013 era usada por sua irmã e Dezinho. Em mensagens, ele admite emprestar seu nome para a titularidade do carro.
Além disso, mensagens indicam que ele orientou Carolina a evitar transações bancárias que pudessem chamar a atenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Diego, com 15 anos de experiência no mercado financeiro, passou por um banco e uma grande corretora da Faria Lima.
O MPSP aponta que Diego teve R$ 64,8 mil debitados em seu cartão de crédito para atender aos interesses de Carolina e Dezinho, incluindo pagamentos de viagens internacionais do casal. Em um episódio, Carolina precisou de Diego para fazer um depósito de R$ 100 mil em espécie.
Durante as investigações, Caroline prestou depoimento como informante do MPSP, afirmando que pediu divórcio de Dezinho e não tinha mais contato com ele. Ela contradiz a versão das investigações, alegando que Dezinho nunca a ajudou financeiramente e que sua clínica de bronzeamento faturava R$ 100 mil mensais.
Ademais, Diego foi demitido do banco onde trabalhava por ter seu nome vinculado ao processo criminal. A defesa de Diego não retornou o contato até a publicação da reportagem, mas o espaço permanece aberto para manifestação.
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