Recentemente, os profissionais da Faria Lima começaram a emitir suas opiniões sobre o caso da MicroStrategy, empresa sob liderança de Michael Saylor. A empresade tecnologia é pioneira na adoção do Bitcoin como ativo estratégico.
O movimento, com a soma da forte alta do Bitcoin, colocou suas ações na liderança dos ganhos no mercado norte-americano.
Contudo, as ações atualmente negociam com um grande prêmio do Bitcoin. É nesse ponto que as opiniões na Faria Lima surgem. Especialistas dizem que o preço das ações da MicroStrategy não é sustentável, e apenas sorte. Entre os nomes da Faria Lima, até mesmo o Tiago Reis, fundador da Suno, afirmou que comprou Bitcoin e apostou contra a MicroStrategy.
Em um de seus mais recentes relatórios do BlockTrends PRO, o analista Cauê Oliveira explica porque a Faria Lima pode estar completamente enganada sobre a MicroStrategy. E que na realidade, a estratégia de Saylor pode ter riscos mas é muito bem planejada.
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O caso da MicroStrategy
Desde 2020, a companhia tem acumulado Bitcoins como forma de proteger suas reservas contra a inflação e a desvalorização de moedas fiduciárias. Atualmente, a empresa detém cerca de 386.700 BTC, adquiridos por US$ 21,9 bilhões, a um preço médio de US$ 56.761 por unidade.
Com a valorização recente do ativo, o valor de mercado das reservas da empresa ultrapassa US$ 36 bilhões.
Para financiar suas compras de Bitcoin, a MicroStrategy utiliza um modelo de emissão de notas seniores conversíveis. Os instrumentos de dívida oferecem aos investidores a possibilidade de conversão em ações com prêmios elevados sobre o preço atual.
Essas notas, emitidas com juros baixos ou nulos, são atraentes porque permitem aos investidores lucrar tanto com a valorização das ações quanto com a conversão futura.
A mais recente emissão de notas foi em 20 de novembro de 2024. A empresa lançou com taxa de juros de 0% e um prêmio de 55% sobre o preço das ações no momento da emissão.
As notas têm vencimento para 2029. Conforme explica o analista, isso significa que, até essa data, o preço das ações da MicroStrategy precisará subir 55% para que os investidores optem pela conversão.
Um ciclo de alta
Esse mecanismo cria um ciclo de retroalimentação. Ou seja, a valorização do Bitcoin impulsiona o preço das ações da empresa. Elas, por sua vez, aumentam a atratividade das notas conversíveis e permitem novas emissões de capital para a compra de mais Bitcoin.
Embora a estratégia da MicroStrategy tenha gerado retornos expressivos, com suas ações negociadas a um prêmio de 256% sobre o NAV (Net Asset Value), ela também envolve riscos consideráveis.
Por exemplo, uma queda prolongada no preço do Bitcoin reduziria o valor contábil das reservas, enquanto as obrigações de dívida permaneceriam intactas. Isso poderia pressionar o caixa da empresa e, em casos extremos, forçá-la a vender Bitcoins para honrar suas dívidas.
Se o preço das ações da MicroStrategy cair abaixo do valor de conversão das notas, os investidores podem optar por não converter. Desse modo, obrigando a empresa a resgatar as notas em dinheiro no vencimento.
Por fim, o modelo depende fortemente do apetite contínuo dos investidores por notas conversíveis a prêmios elevados. Qualquer perda de confiança na estratégia ou na valorização do Bitcoin poderia comprometer o ciclo de financiamento.
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