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Economia

O homem que perdeu $70 bilhões

Um dos maiores investidores do planeta hoje, Masayoshi Son foi também um dos mais afetados pelo estouro da bolha da internet, chegando a perder $70 bilhões.

Foram 12 minutos de conversa necessários entre Adam Neumann e Masayoshi Son, para que Son concordasse em colocar $4,4 bilhões de dólares na empresa de escritórios “tech” de Adam, o WeWork.

Anos mais tarde Neumann relataria que uma das sugestões de Son é que ele fosse mais “destemido”, perseguindo um crescimento frenético. De fato, a loucura e o destemor de Neumann renderam ao WeWork uma história das mais surrealistas do mundo dos negócios.

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O crescimento desordenado do Softbank e as extravagâncias de Neumann, que fizeram uma empresa supostamente avaliada em $47 bilhões ir abaixo em questão de duas semanas, são parte da noção de “busca pelo monopólio a qualquer custo” que norteia o Vision Fund, o fundo que o Softbank de Masayoshi Son levantou e que investiu em questão de poucos meses cerca de $100 bilhões.

Projetado por Son e pelo Softbank para investir em empresas “do futuro”, o fundo logo se tornou um VC (venture capital), apaixonado por coisas relativamente simples: entrega de comida, apps de transporte e empresas que dão uma repaginada tech em setores velhos e tradicionais, como o WeWork de Adam.

Mas a história de Son começa bastante antes, ainda nos anos 80, quando o imigrante japonês foi estudar nos Estados Unidos.

Cursando computação e economia, Son se apaixonou pela ideia de “microchips”, que viu em uma revista da época. Com a ajuda de alguns professores em Berkeley, fez aos 19 anos seu primeiro empreendimento: o “eletro-dicionário”, que por meio da captura da fala conseguia traduzir simultaneamente o que foi dito para inglês, japonês e alemão, e que acabou sendo vendido para a Sharp Corporation por $1,7 milhão.

De volta ao Japão, “Masa Son” persistiu no setor de informática, com a criação do Softbank em 1981, uma companhia responsável por vender softwares no mercado japonês.

Com o boom da economia japonesa, o Softbank cresceu como um foguete, não tendo sido parado nem mesmo pela crise que se instaurou no Japão no começo da década de 90.

Em 1994 o Softbank já havia sido avaliado em $3 bilhões de dólares, e foi neste momento que Son colocaria uma outra faceta, além do seu lado empreendedor.

Son se tornou um dos primeiros investidores do Yahoo! em 1995, apenas um anos após a empresa ser fundada.

Embora a participação do Softbank no Yahoo não fosse relevante, Son conseguiu transformar o Yahoo Japão em um grande negócio, sobrevivendo mesmo após o fim (ou o prenúncio do fim), do modelo do Yahoo, com a fundação do Google.

O Yahoo Japão acabou sendo a porta de entrada de Son para áreas como a telefonia, que mais tarde se tornaria seu maior ativo.

No meio do caminho, porém, Son acabou se tornando sócio de uma pequena empresa de internet na China dos anos 2000. Por cerca de $20 milhões, comprou 34% de uma empresa de comércio eletrônico chamada “Alibaba”.

Com um valor atual de $120 bilhões, o investimento do Softbank no Alibaba é considerado ainda hoje o VC mais bem sucedido do mundo.

No outro lado do mundo, nos EUA, uma crise tomou conta do mundo mais ou menos pela mesma época: a bolha das empresas “ponto com”, empresas de tecnologia, como o próprio Softbank.

Durante os meses de alta, antes do estouro, o Softbank viu suas ações se valorizarem em média $400 milhões por dia, ao longo de 4 meses. Um recorde que só seria batido com o de Tim Cook, que sob o comando da Apple viu uma valorização média de $700 milhões por dia (ao longo de 10 anos).

No crash, porém, o Softbank desabou 93% do auge, com uma queda de $25 bilhões em um único dia. O baque foi tão forte que Son levaria ao menos 13 anos para recuperar o status de bilionário.

De volta ao Japão, Son levou para o país não apenas o Yahoo, mas uma nova parceria na área de telefonia, quando em 2007, após uma conversa com Steve Jobs tornou-se o distribuidor exclusivo do Iphone no japão.

Ainda que não tenha sido imediato, o sucesso do Iphone catapultou as vendas da empresa, e mostrou a importância de um bom networking, algo que Son sempre prezou.

Suas amizades com Bill Gates, Jobs, Larry Elisson e outros nomes um pouco mais controversos, como Mohammed Bin Salman, foram responsáveis por construir boa parte da sua fortuna.

Com Bin Salman, Son daria um novo passo na sua empreitada, se tornando de vez um “oráculo”, destinado a encontrar empresas futuristas.

Foi com apoio do dinheiro saudita que o Softbank constituiu o Vision Fund, responsável por investir em ao menos 75 empresas, como a Uber, WeWork e outras.

No Brasil o Softbank é sócio da Arco educação, Stone, Inter, Quinto Andar, MadeiraMadeira e outras tantas.

Para além disso, Son é o responsável por custear boa parte dos seus cupons no Rappi, em um investimento em delivery replicado em todos os continentes

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