Se você já assistiu o filme “A Rede Social”, filme retrato da criação do Facebook, com certeza tem uma visão impressa em sua mente sobre um Eduardo muito diferente da realidade.
Baseado no livro lançado por Ben Mezrich, a trama não apresenta uma retratação legítima da história real da fundação do Facebook, com algumas controvérsias e parcialidades na história.
Mezrich nunca sequer entrevistou Zuckerberg e montou toda a história baseando-se em documentos judiciais e relatos de terceiros, tanto que segundo o próprio, a obra se trata de um “relato ficcional”.
Seja lá quais forem as características reais de Zuckerberg e Saverin, uma coisa retratada no filme não se distingue da realidade, a habilidade de Saverin em fazer dinheiro.
Interpretado por Andrew Garfield no filme, Eduardo Saverin marcou seu nome na história ao participar da criação da rede social, obtendo, mesmo com os diversos conflitos, uma gigantesca fortuna proveniente de sua participação acionária.
Nascido em 1982, em São Paulo, Saverin veio de uma família judia abastada, devido à fortuna construída pelo seu avô, fundador de uma grande rede de lojas de roupas infantis chamada TipTip. Seu pai, que trabalhava com exportações de confecções no meio marítimo, herdou uma grande parcela da fortuna de seu avô que renderam conforto e luxo à família.
Esse cenário confortável vivenciado no Brasil se manteve até o início dos anos 90, quando a família Saverin sofreu uma grande perda financeira devido ao plano econômico do então presidente Fernando Collor.
Ainda abalados pela crise, em 1993 foi descoberto que o nome e dados de Eduardo estavam em uma lista de alvos de gangues especializadas em sequestro em troca de resgate, sinalizando a gota d’água para a família Saverin.
Preocupados com a segurança do filho, os pais de Saverin imigraram integralmente para Miami, traçando um dos passos mais importantes para a jornada do futuro brasileiro mais rico do mundo.
Em Miami, Saverin se formou no ensino médio e ingressou na Universidade de Harvard, quando aos 21 anos, realizou uma façanha no mercado financeiro brasileiro que mudaria sua vida para sempre.
Na cena de abertura de A Rede Social, Zuckerberg, menciona que Saverin, certa vez ganhou $300.000 em um verão “apostando no mercado de petróleo”. Esse feito, fez com que Saverin conquistasse certa notoriedade em meio aos alunos de Harvard, sendo um dos motivos chaves de Zuckerberg formar a sociedade com o brasileiro.
De acordo com o próprio Saverin, durante sua adolescência ele desenvolveu uma certa “obsessão nerd por meteorologia”, que mais viria a ser para realizar negociações no mercado financeiro, especialmente, no setor de petróleo.
Juntamente com seu irmão, Saverin passou o verão de seu segundo ano em Harvard “analisando mudanças barométricas e prevendo como essas mudanças afetariam o petróleo”, para que ele pudesse realizar operações no mercado de derivativos e arrecadar mais de US $250.000 em três meses.
Saverin nunca revelou ao certo as operações, mas é provável que ele tenha previsto fenômenos meteorológicos que aumentariam a demanda por petróleo de diferentes lugares do mundo, operando opções longas de companhias petroleiras e faturando em cima disso.
A movimentação que atraiu Zuckerberg foi precursora do investimento mais bem sucedido da vida de Saverin, o Facebook.
Custeando a criação de Zuckerberg, Saverin obteve (em tese) uma participação de 30% pelo investimento de $15 mil realizado, o que protagonizaria um retorno de escalas astronômicas quando comparado com a avaliação atual do Facebook.
Porém, Saverin sofreu com a diluição imposta por Zuckerberg, tendo sua fatia do bolo notavelmente diminuída mesmo com o processo submetido por Saverin. Ao todo, em 2012 ele ainda mantinha cerca de 2% das ações, o que valeria $14 bilhões atualmente.
Esse retorno, que significa uma multiplicação de 866,6 mil vezes, em tese é o investimento mais bem sucedido da história.
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