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Economia

Futebol leva a Globo ao primeiro prejuízo da década

Mesmo com a receita crescendo, a emissora carioca fechou o semestre com um déficit de R$114 milhões devido aos crescentes gastos no meio esportivo.  De acordo com os documentos financeiros divulgados ao mercado, a TV Globo fechou seu primeiro semestre de prejuízo na década. Mesmo com a receita total de publicidade aumentando 17%, a emissora […]

Mesmo com a receita crescendo, a emissora carioca fechou o semestre com um déficit de R$114 milhões devido aos crescentes gastos no meio esportivo. 

De acordo com os documentos financeiros divulgados ao mercado, a TV Globo fechou seu primeiro semestre de prejuízo na década. Mesmo com a receita total de publicidade aumentando 17%, a emissora apresentou um saldo negativo de R$114 milhões ao fim da primeira metade do ano. 

A receita líquida atingiu R$6,451 bilhões no mesmo período, sendo quase inteiramente proveniente de programas como Big Brother Brasil, novelas e reality shows. 

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O maior destaque do balanço financeiro veio do aumento de custos e despesas em relação ao ano passado, algo já esperado tendo em vista a retomada econômica. Com um aumento de 36%, os gastos operacionais não foram acompanhados pela arrecadação usualmente obtida no período anterior à pandemia, ocasionando o déficit. 

Dessa forma, o saldo líquido do primeiro trimestre apresentou uma piora de 113% em relação ao ano passado, quando a empresa obteve um prejuízo de R$51 milhões. 

As contas da maior emissora do país tem apresentado um declínio monstruoso desde 2016, como mostra o gráfico abaixo:

Fonte: Globo RI

Futebol como principal prejuízo da Globo

Sob uma balança de influência, o custo do setor futebolístico foi o principal vilão das faturas da emissora. Apenas neste ano, a Globo teve de aumentar em quase R$130 milhões em contratos de transmissão com os clubes brasileiros devido às altas nos índices de inflação.

Os contratos dos times do campeonato brasileiro com a Globo determinam que os reajustes são feitos pela média do FCM (Fator de Correção Monetária). Esse número é obtido pela média entre os índices IGPM e IPCA. 

Com a explosão da inflação em 2020, o fator de correção dos contratos atingiu 13,84%, dessa forma, a Globo teve de despender de um total de R$1,034 bilhão aos clubes


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