Nesta semana, o rapper americano Kanye West entrou com um pedido de registro de patente em torno de sua marca Yeezus, incluindo para uma coleção NFT.
De acordo com Josh Gerben, o advogado responsável por Kanye apresentou 17 pedidos de registro de marca recentemente em torno do nome Yeezus.
Os registros indicam a intenção de lançar parques de diversão, NFT, brinquedos e outros produtos baseando-se na identidade visual comercial já conhecida de Kanye West.
A entrada é considerada controversa, uma vez que até poucos meses atrás Kanye era conhecido como um crítico do universo de NFT, tecendo intensos comentários criticando a possibilidade de entrar neste mercado.
Ainda em fevereiro deste ano, Kanye declarou: ‘’Meu foco é criar produtos reais no mundo real, comida real, roupas reais, abrigos reais, não me peça para fazer uma merda de NFT’’.
DE FALIDO A RAPPER MAIS RICO DO MUNDO
Foi em 2016 que Kanye West usou o Twitter da única maneira que parece aceitável naquela rede social: reclamar da vida. No caso de Kanye, a reclamação eram suas enormes dívidas que somavam $53 milhões de dólares.
Seus gastos mirabolantes ao longo dos anos anteriores levaram o Rapper a enfrentar um paradoxo não tão incomum entre celebridades americanas, a falência.
Nomes como Nicolas Cage, Mike Tyson, Donald Trump e 50 Cent são outros que já estiveram por lá.
No caso de Kanye, porém, o que chama atenção é o quão rápida foi sua recuperação.
Tendo começado sua carreira em 2000, o Rapper ganhou destaque cedo, mas nunca escondeu que sua verdadeira paixão estava em um outro setor: a moda.
Em 2007, junto à marca japonesa A Bathing Ape, seu primeiro calçado.
Sua confiança e gosto pela área o levaram a aproveitar uma oportunidade não usual, quando no mesmo encontrou o CEO da Nike, Mark Parker, em um voo comercial. Kanye West apresentou a ele um esboço desenhado a mão, no que Parker, mostrando interesse, o direcionou para o designer da empresa, Tinker Hatfield, o mesmo que criou os tênis Air Jordan.
Em 2009 nasceu a Yeezy, empresa da qual Kanye West é proprietário, e que lançaria seus tênis pela Nike.
Segundo Kanye, porém, a Nike possuía alguns problemas em torno de marcas de artistas. A despeito de possuir o mais famoso co-branded da história, o Air Jordan, a marca não pagava royalties as celebridades que davam cara aos seus produtos.
Por conta disso, o rapper levou sua marca para a Adidas em 2013, em um acordo muito mais favorável.
Problemas pessoais que o levariam a cancelar turnês e ficar completamente fora do cenário artístico, sendo internado em um hospital em Los Angeles, o levariam a encarar a pior fase, seja na vida pessoal ou em termos financeiros.
Sua reviravolta teria começado, segundo Kanye, em boa medida graças a seu apego religioso. Seus valores cristãos foram cruciais para resgatá-lo de uma depressão profunda, além de outros problemas como bipolaridade e TDAH.
De volta aos palcos, Kanye impulsionou suas marcas na medida em que seu sucesso enquanto cantor crescia.
Em documentos revelados durante seu divórcio com a também self-made bilionária, Kim Kardashian, foi revelado que sua marca em parceria com a Adidas renderia cerca de $191 milhões anuais em royalties.
Nos cálculos da Bloomberg, a marca possui um valor de mercado de $3,3 bilhões, considerando um faturamento anual de $1,7 bilhões de dólares em vendas.
A marca ainda possui parcerias com outras empresas, como a GAP, que renderiam segundo fontes, cerca de $941 milhões em vendas.
Outros ativos de Kanye, como aqueles detidos em marcas criadas por sua ex-esposa Kim, além do catálogo musical, agregam outros $1,7 bilhão de dólares.
No total, Kanye possui uma fortuna avaliada em $6,6 bilhões, tornando-o o afro-americano mais rico dos EUA.
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