Participe da
Comunidade Ícone Whatsapp
Economia

Dólar a R$6,20: BC vende US$ 1,27 bilhão em leilão de emergência

A decisão foi motivada pela reação negativa do mercado à ata divulgada pelo Copom, que indicou um tom mais conservador para a condução da política monetária.

O Banco Central do Brasil realizou, nesta terça-feira (17), um leilão extraordinário no mercado de câmbio, vendendo 1,272 bilhão em dólar no mercado à vista. A ação foi uma resposta direta à disparada do dólar, que chegou a ser cotado a R$ 6,20.

A intervenção veio logo após a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), documento que intensificou a percepção de incerteza fiscal e de juros no país. A venda de dólares pelo Banco Central não estava prevista no calendário regular de leilões e foi anunciada de forma emergencial.

Entre no GRUPO DE WHATSAPP do BlockTrends para ficar por dentro de tudo sobre Bitcoin.

BC desova dólar em leilão emergencial

Faça parte da Comunidade Exclusiva PRO do BlockTrends.APP e lucre em cripto com relatórios semanais, análises diárias, carteiras recomendadas e lives.

A decisão foi motivada pela reação negativa do mercado à ata divulgada pelo Copom, que indicou um tom mais conservador para a condução da política monetária. A ideia do leilão, nestes casos, é de pressionar a força compradora de real, e aliviar a de dólar.

O texto reforçou preocupações com o cenário inflacionário e a possibilidade de novas elevações na Selic, em meio a uma deterioração das expectativas econômicas.

O comportamento do dólar reflete o nervosismo do mercado com a combinação de fatores internos e externos. A alta recente intensificou-se por incertezas sobre a condução fiscal do governo. Além disso, pelo aumento nas projeções de inflação e juros, conforme apontado no último relatório Focus.

Além disso, o ambiente global ainda apresenta riscos, como o aperto monetário nos Estados Unidos e a volatilidade dos mercados internacionais. No leilão extraordinário do Banco Central aconteceu a aceitação de sete propostas. A taxa de corte definida no leilão foi de R$ 6,1005 por dólar, ligeiramente abaixo do pico atingido durante a manhã.

No total, a autoridade monetária injetou US$ 1,272 bilhão no mercado à vista, em uma tentativa de conter a disparada da moeda norte-americana e sinalizar sua disposição em atuar contra a volatilidade excessiva.

Será que isso basta para segurar a curva de juros?

O anúncio da intervenção surtiu efeito imediato, com o dólar reduzindo o ritmo de alta no início da tarde. No entanto, analistas afirmam que o cenário de pressão cambial ainda persiste.

Desse modo, a valorização da moeda brasileira contra o dólar reflete a percepção de que o risco fiscal no Brasil está aumentando, o que leva investidores estrangeiros a exigirem maiores prêmios para alocar capital no país.

Além disso, o comportamento do mercado secundário de títulos públicos também registrou impacto. As taxas dos títulos prefixados e indexados ao IPCA continuaram em alta, refletindo a maior percepção de risco no curto e médio prazo. O Tesouro Prefixado 2027, por exemplo, rompeu 15,34% ao ano, enquanto o IPCA+ 2029 atingiu juro real de 7,73%, ambos patamares recordes.

Ontem, a volatilidade no mercado secundário de títulos prefixados fez com que o Tesouro Direto aplicasse um circuit breaker. Isso é, pausou negociações devido à grande disparidade de prêmios entre os títulos que apresentaram desvalorização na marcação à mercado.

A escalada do dólar também acende um alerta para a inflação, uma vez que a alta da moeda encarece importações. Especialmente de combustíveis e insumos industriais.

Esse fator pode pressionar ainda mais o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e dificultar o trabalho do Banco Central em controlar a inflação sem comprometer o crescimento econômico.

Potencialize sua jornada cripto na OKX. Junte-se a 60 milhões de usuários e acesse bots de trading de alto rendimento. Acesse: okx.com

Notícias relacionadas