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Economia

Diesel está 14% mais caro no Brasil que no exterior

Além da queda por redução de alíquotas de impostos, Brasil deve registrar queda no preço dos combustíveis em função do menor preço do petróleo no exterior.

Medido pela Abicom, a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis, o preço da gasolina e do diesel no Brasil com relação ao restante do mundo se encontram, ambos, com preços superiores por aqui. 

Na gasolina a defasagem atinge R$0,28, ou 8%. No diesel a situação é ainda mais díspar, chegando a R$0,70, ou 14%.

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O levantamento da Abicom leva em consideração o chamado “PPI”, ou “Preço de Paridade Internacional”, criado pela Petrobras em 2017, segundo o qual a empresa deve cobrar por aqui o valor do produto em dólar, evitando assim um prejuízo no chamado “custo de oportunidade”.

A medida da Petrobras visa recuperar a capacidade financeira da empresa, que chegou a dever $160 bilhões com o investimento no pré-sal e financiamento de obras superfaturadas em complexos petroquímicos como Comperj e Abreu e Lima (a refinaria mais cara do planeta).

Desde a adoção da nova política, a empresa conseguiu reduzir sua dívida para $60 bilhões, retomando a lucratividade.

Política de dividendos  

Junto da política de preços, a Petrobras adotou uma série de medidas para focar em seu negócio central, o de exploração e produção, tendo realizado ao menos R$298 bilhões em vendas de participações em negócios não correlacionados, como postos de combustíveis, gasodutos e refinarias.

Como resultado, a empresa retomou o lucro, que chegou a níveis recordes. 

Conforme estabelece a decisão da própria empresa, após a redução da sua dívida abaixo de $60 bilhões, a empresa passou a distribuir aos acionistas, incluindo o governo, 75% do seu lucro. 

No último mês de julho, a companhia anunciou R$78 bilhões, a serem pagos entre agosto e novembro deste ano. A medida contou ainda com uma pressão do governo, maior acionista, para antecipar dividendos e ajudar a melhorar as contas do país.

Petróleo em queda

Apesar da alta considerável em 2021, e após o evento da guerra na Ucrânia , o petróleo tem mostrado sinais de queda, voltando a ser cotado abaixo de $100 o barril, ou próximo de $95. 

Segundo analistas, o fato ocorre em função principalmente de uma recessão nos Estados Unidos, que registrou queda por 2 trimestres consecutivos, e uma desaceleração no crescimento da economia chinesa, que registrou expansão de 1,3%, o menor desde o início da série histórica em 1992.

Com o menor crescimento global, há um alívio no preço dos combustíveis.

No Brasil, a gasolina chegou a cair 20% em um mês, após medidas do governo para reduzir a alíquota de ICMS, o que levou a uma deflação no mês de julho.

A Petrobras também reduziu o preço cobrado nas refinarias, que como se vê, devem continuar caindo, agora em função da queda do próprio preço internacional.

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