Ao menos 1 em cada 5 americanos alega ter a prática de fazer doações para campanhas políticas, incluindo aí 12% que destinam recursos para candidatos e 9% que doam diretamente aos partidos.
A prática mais do que estabelecida, tem sido responsável por bancar valores substanciais do custo da máquina política americana. Em 2016, por exemplo, doações de indivíduos responderam por 71% da arrecadação de Hilary Clinton e 40% dos recursos de Donald Trump.
Na ponta do lápis, foram $45 bilhões doados para a política americana entre dezembro de 2009 e dezembro de 2020, incluindo aí $1,2 bilhão “doados” por Michael Bloomberg para a própria campanha nas prévias do Partido Democrata.
Os números por lá também mostram uma divisão clara em determinadas áreas. Os 100 endereços (o famoso CEP), mais ricos, são responsáveis por ao menos 20% das doações políticas, a despeito de contarem com 1% da população.
Outra divisão bastante clara está na indústria a qual pertencem os doadores.
Por parte do Partido Democrata, a predominância ocorre em áreas como Finanças (Wall Street), e tecnologia, já no Partido Republicano boa parte das doações tem origem no setor imobiliário e petróleo e gás.
Um estudo publicado a pedido do Washington Post (jornal que conta com Jeff Bezos como controlador), analisou o perfil de um setor crucial na economia moderna atual, as Big Techs.
O resultado é este aqui abaixo:
Ao menos 98,99% das doações feitas por empregados do Twitter, incluindo o presidente, diretor financeiro e vice-presidentes, foi direcionada ao Partido Democrata, de viés mais progressista.
Dentre as 17 companhias americanas de tecnologia avaliadas em mais de $100 bilhões, a Qualcomm se destaca como a única a ter maior igualdade de financiamentos, com 51% para o Partido Democrata e 49% para os Republicanos.
Neste caso, considerando as maiores empresas, a líder entre concentração é a Netflix, com 98% das doações de funcionários sendo direcionadas para os Democratas.
No caso da Netflix, foram ao menos $340 mil em doações para os Democratas contra $7,5 mil para Republicanos.
No Google, a empresa onde os funcionários mais doaram recursos para campanhas políticas ($6,1 milhões), foram $5,45 milhões destinadas ao Partido Democrata.
A prática revela uma preferência nítida dos trabalhadores do setor, criada em boa medida por posturas em torno de temas como imigração ou redistribuição de renda.
Entre os mais bem pagos dos EUA, os funcionários do setor de tecnologia têm engajado em organizações e campanhas focadas em maiores impostos ao 1% mais rico (o que nos EUA significa uma renda superior a $450 mil por ano).
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