Se você tem alguma experiência no mercado financeiro brasileiro provavelmente conhece Luiz Barsi, notória figura que ocupa o posto de maior investidor físico da B3. Chamado de “Rei dos Dividendos”, Barsi foi responsável por criar e popularizar uma estratégia de investimento no início de sua carreira, e a partir dela construiu seu patrimônio que atinge a casa dos R$2 bilhões.
Nascido em 1939, Luiz Barsi teve uma infância difícil marcada pela ausência de seu pai, que faleceu quando ele tinha apenas 1 ano de idade. Largando na parte inferior da hierarquia econômica paulistana, Barsi cresceu no Brás, famoso bairro paulistano onde ele morava em um cortiço com a companhia de sua mãe.
As dificuldades e a necessidade financeira levaram ele a trabalhar informalmente desde pequeno, onde ele assumia bicos de engraxate, aprendiz de alfaiate e vendedor de balas. Além de pagar as contas de casa e ajudar no dia a dia, Barsi investiu em seu futuro se formando em técnico de contabilidade
A partir de sua formação, aos 14 anos ele foi trabalhar no mercado financeiro em uma corretora de valores, onde teve seu primeiro contato com o mercado acionário e começou a elaborar a estratégia que anos depois o tornaria milionário.
Um ano após o lançamento do Ibovespa, em 1969, quando tinha 30 anos, ele passou a investir o que sobrava do seu salário em empresas focadas em dividendos. Dali em diante, ele pautou suas escolhas financeiras na filosofia de Value Investing.
Inicialmente, seus investimentos se direcionavam em compras de ações da Companhia Energética de São Paulo (CESP), onde ele começou comprando poucas ações e reinvestindo seus dividendos, até atingir a meta de possuir 100.000 ações da companhia.
Por conseguinte, 10 anos após realizar seu primeiro investimento, ele já havia conquistado a tão sonhada independência financeira.
Como tinha muito contato com balanços de empresas, em 1970 ele escreveu o estudo “Ações Garantem o Futuro”, com uma avaliação criteriosa de todos os setores e o seu nível de longevidade. Tendo em base os números analisados, ele concluiu que os setores da economia com maiores chances de resistir ao longo dos anos eram: alimentos, saneamento, energia, mineração e financeiro.
Não por coincidência, esses setores compõem a maior parte da carteira de Luiz Barsi até os dias atuais.
Basicamente, Barsi comprava ações de empresas com boas perspectivas de negócio ao longo prazo e que pagassem uma boa margem de dividendos. Sua ideia inicial era criar uma renda extra para sua aposentadoria, formulando seu próprio plano previdenciário de forma autônoma.
A utilização dessa estratégia, intimamente parecida com o praticado por Warren Buffett, o transformou em uma figura popularmente conhecida como o “Warren Buffett brasileiro”.
Em perspectiva, apenas em 2019, Barsi recebeu R$4 milhões em lucro da Eletrobras, via dividendos. Em outra ocasião, sua filha, Louise Barsi, divulgou um vídeo mostrando o recebimento de R$71,6 milhões provenientes de dividendos da Ultrapar, outra empresa na qual ele possui investimentos significativos.
Em palestras, vídeos, e escritos realizados pelo bilionário, ele pondera que uma das chaves de seu sucesso foi justamente reinvestir os dividendos recebidos nessas ocasiões, uma vez que: “Reinvestir é fundamental para potencializar os ganhos e aumentar seu patrimônio líquido mais rapidamente.”
Essa é a lógica dos juros compostos que também fazem jus aos investimentos do mercado de renda variável.
Mesmo com toda essa bagagem financeira, Barsi não larga os seus hábitos simples, chamando atenção por utilizar o Bilhete Único especial gratuito para idosos no metrô de São Paulo.
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