Há 23 anos atrás, Shirley Lin, uma então executiva do Goldman Sachs, assinava junto a Jack Ma a compra de uma participação de 50% do Alibaba por $5 milhões.
O Alibaba, não era muito na época, sendo considerado como uma das várias empresas que buscavam utilizar a internet para as mais diversas finalidades, surfando na crescente onda digital.
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Em fato, a cúpula asiática do Goldman Sachs não se interessava muito pela startup de Jack Ma, carregando um acordo aos trancos que só aconteceu com a entrada de novos investidores para bancar a injeção de capital.
Ao fim, após novas negociações o Alibaba acabou embolsando apenas $3,32 milhões pela fatia de 50%, sinalizando um acordo dos sonhos para o braço de private equity do banco americano.
O acordo foi folheado a ouro, com o Goldman recebendo total controle do conselho e direitos antidiluição, que permeavam controle juridicamente inquestionável sobre a startup chinesa.
Dois anos depois, Masayoshi Son, fundador da gigante japonesa Softbank, liderou uma rodada que investiu $20 milhões na empresa por pouco mais de 30% de participação, catapultando o valuation e jogando os lucros do Goldman Sachs nas alturas.
Mas mesmo com as perspectivas positivas, ainda não era óbvio o sucesso meteórico que o Alibaba conquistaria na próxima década, o que levou a diretoria do Goldman Sachs a decidir encerrar sua participação na empresa.
Dessa forma, em 2004 o Goldman Sachs vendeu suas ações que representavam 50% da empresa por $22 milhões, um lucro de mais de 550% em 5 anos.
A operação, que naquele momento aparentava ser bem-sucedida, se tornaria uma pulga atrás da orelha de todos os dirigentes do banco americano, uma vez que o Alibaba começaria a crescer ascendentemente nos próximos anos.
Essas mesmas ações passariam a valer mais de $200 bilhões nos próximos anos antes de que quaisquer diluições fossem exercidas sobre as entidades sócias. E caso tivesse sido mantida após o IPO, elas chegariam a valer quase 5 vezes o próprio Goldman Sachs em 2020.
Na ponta do papel, hoje o acordo significaria um lucro de no mínimo $115 bilhões, com diversas oportunidades de exits com lucros bilionários ao longo dos últimos anos.
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