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Como a NBA faturou R$3 bilhões vendendo figurinhas digitais, as NFTs

Adotadas pela liga de basquete americana, as NFTs tem servido para registrar, e vender, lances de jogos.

Johannes Wagner atuou por 21 temporadas como jogador do time de Baseball “Pittsburgh Pirates”, ganhando o apelido de “holandês voador”.

Reza a lenda que Wagner era abstêmio, odiava cigarros e justamente por isso, não era lá muito fã da moda da indústria de Tabaco americano: as figurinhas colecionáveis de jogadores.

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Criadas na metade da década de 1860, os cartões colecionáveis eram encontrados em maços de cigarros, além de usados como propaganda da indústria.

Muito possivelmente por seu “ódio” a este ato, ou por buscar receber uma compensação maior, os cartões contendo a figura de Wagner se tornaram raros, motivo pelo qual, em Agosto de 2021, um único cartão com a sua imagem bateu o recorde em toda história dos colecionáveis: $6,6 milhões.

De acordo com a publicação “Global Sports Trading Market Cards” (que sem surpresas cobre a área de colecionáveis), a indústria movimentou $13,8 bilhões em 2019. Para 2027, a expectativa é de que os cartões e colecionáveis movimentem $98,75 bilhões, um crescimento anual de 23,01%.

Como em inúmeros outros setores, as Criptos tem servido para “mudar o jogo”.

Em 2021 em especial, o mercado de NFTs, ou “tokens não fungíveis” (impossíveis de se replicar), tem crescido e se aliado a mercados diversos na área de entretenimento.

Seja nos videogames (um indústria de $195 bilhões), ou nos colecionáveis de esportes, as NFTs tem crescido em apelo e negociação.

No primeiro semestre de 2021, negociaram cerca de $2,5 bilhões, enquanto no terceiro trimestre de 2021, foram $10,7 bilhões.

Ainda que se trate de arte, ou tecnologia, de gosto duvidoso (com alguns macacos com ranho escorrendo do nariz sendo avaliados em milhões), é inegável que a tecnologia têm ganhado apelo, pra além de uma simples bolha.

E dentro dessa adoção, uma das ligas mais tradicionais do planeta, a NBA, tem se destacado.

Ao contrário da CBF, por exemplo, a NBA é uma liga privada, onde cada time atua como sócio. Ao se unirem em uma única marca, os times negociam de maneira mais persuasiva, além de promoverem o esporte de maneira coordenada.

O fato de serem sócios também contribuí para que a marca em si acabe por gerar recursos distribuídos aos sócios.

Este é o caso do mercado de NFTs, que tem sido abraçado pela NBA em um modelo inusitado: a liga tem licenciado “lances” das partidas.

Em suma, se você é um torcedor apaixonado pelo esporte, pode se considerar dono de um lance do seu time favorito.

Ao longo de 2021 estes “trechos colecionáveis” já renderam a liga $620 milhões, o equivalente ao faturamento dos 6 clubes de maior faturamento do futebol brasileiro.

Agora, segundo o Morgan Stanley, o mercado de NFTs está a beira de uma nova interação que pode catapultar seu valor como um todo: o Metaverso.

Para o banco, com a população das tecnologias de realidade virtual e realidade aumentada, o mercado de arte de luxo pode atingir um valor de $56 bilhões, além de $240 bilhões nas NFTs como um todo.

Não apenas acredita-se em museus e coleções de artes virtuais, como também na possibilidade de que você possa reviver momentos dos jogos, estando “presente” nestes momentos.

Na prática, o mercado de NFTs deve encampar novas áreas, agregando a confiabilidade de uma rede blockchain.

O preço, claro, não é tão convidativo. Um lance

Ainda assim, você pode conferir os 10 lances mais caros vendidos pela liga em NFT clicando aqui

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