O ex-jogador de futebol Ronaldo de Assis Moreira, conhecido como Ronaldinho Gaúcho, lançou recentemente sua própria criptomoeda, a $STAR10, na rede blockchain BNB Chain. Contudo, o projeto foi rapidamente envolvido em polêmicas e viu seu valor despencar drasticamente desde o lançamento.
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Inicialmente, a moeda atingiu uma capitalização de mercado de aproximadamente US$ 300 milhões. Atualmente, o valor de mercado da STAR10 é de cerca de US$ 5 milhões. Ou seja, uma perda de aproximadamente 98,3% em relação ao seu valor inicial.
A moeda digital do “Bruxo”, que chegou a ser negociada a US$ 0,37, sofreu uma queda vertiginosa de mais de 80%. Em seguida, chegou a atingir o valor de US$ 0,06, conforme os dados mais recentes.
Problemas de segurança da criptomoeda de Ronaldinho
Logo após o lançamento, a criptomoeda de Ronaldinho foi alvo de uma grave acusação sobre vulnerabilidades em seu contrato inteligente. Especialistas em segurança da blockchain identificaram que o contrato permitia que os desenvolvedores queimassem tokens arbitrariamente das carteiras dos investidores, gerando grande preocupação entre os traders.
A polêmica ganhou ainda mais repercussão quando Changpeng Zhao (CZ), ex-CEO da Binance, retweetou uma publicação sobre a nova criptomoeda, ressaltando que seu post não era um endosso, mas um alerta de segurança.
“Este post não é um endosso, mas um alerta de segurança. STAR10 é emitido apenas na BNB Chain—qualquer token em outras redes é falso. Memecoins são extremamente voláteis e de alto risco. Sou fã de Ronaldinho desde 2005, mas nem a BNB Chain nem seus afiliados têm relação comercial com ele. Novamente, isto NÃO é um endosso. Por favor, negociem com responsabilidade.”
“Efeito CZ”
Apesar do aviso de CZ, o STAR10 disparou de US$ 0,22 para US$ 0,3975, um aumento de 80% em questão de minutos. A movimentação gerou imediatas críticas de analistas e membros da comunidade, que acusaram CZ de contradizer seu discurso sobre responsabilidade na economia dos tokens.
Logo após a publicação de CZ, a empresa de segurança blockchain GoPlus identificou falhas graves no contrato inteligente do STAR10. A análise revelou que o criador do contrato possuía a capacidade de queimar arbitrariamente as criptomoedas dos usuários. Basicamente, a equipe poderia destruir os ativos, mesmo que em posse de investidores que a compraram.
Desse modo, GoPlus emitiu três recomendações urgentes. A primeira para que a equipe de Ronaldinho renunciasse imediatamente à propriedade do contrato para proteger os detentores do token.
Em segundo lugar, a empresa recomendou que os traders deveriam agir com extrema cautela devido aos riscos potenciais de segurança. Por fim, a GoPlus pediu para a BNB Chain alertar seus usuários sobre essas ameaças.
Correção tardia e queda acentuada
Diante da pressão da empresa, e depois da comunidade, a equipe de desenvolvimento da criptomoeda de Ronaldinho renunciou à propriedade do contrato inteligente. Portanto, isso quer dizer na prática que eliminaram a possibilidade de queima arbitrária de tokens.
Apesar da correção, o estrago já estava feito. A confiança dos investidores foi abalada e o preço do ativo continuou a cair. Outra controvérsia surgiu com a suspeita de que Ronaldinho teria vendido sua conta na rede social X (Twitter) para um grupo chinês especializado no lançamento de memecoins e esquemas de pump-and-dump.
Fontes da comunidade cripto alegam que o ex-jogador teria fechado um acordo de US$ 5 milhões para ceder sua conta. Desse modo, permitindo que terceiros manipulassem o mercado do $STAR10 por meio de estratégias fraudulentas.
Um denunciante revelou que a equipe do jogador já havia firmado um contrato anterior de US$ 6 milhões para promover outro projeto cripto, mas que Ronaldinho teria abandonado o acordo ao receber uma oferta ainda mais lucrativa de US$ 10 milhões de um novo grupo.
Histórico de polêmicas no mercado cripto
Essa não é a primeira vez que Ronaldinho se envolve em polêmicas com criptomoedas. Anteriormente, em 2023, a CPI das Pirâmides Financeiras no Brasil convocou o bruxo para prestar esclarecimentos sobre sua relação com a empresa 18k Ronaldinho.
Na época, a empresa foi acusada de operar um esquema fraudulento que prometia retornos de até 400% ao mês. Na época, o ex-jogador negou envolvimento com o golpe, afirmando que apenas licenciou sua imagem para uma linha de produtos.
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