O CEO do Goldman Sachs, David Solomon, cedeu ao Bitcoin (BTC) e agora admite ser um entusiasta. Durante entrevista nesta terça-feira (30), enquanto o CEO assistia os jogos em Paris, ele mostrou ceticismo no primeiro momento. Solomon afirmou que não é do tipo que especula sobre o preço do Bitcoin.
“Sempre disse que acho que é um investimento especulativo”, disse Solomon durante uma entrevista à CNBC. “Não vejo um caso de uso real.” O Goldman Sachs é uma prova de que idade não é desculpa para manter-se ultrapassado.
O banco surgiu em 1869 e possui US$ 1,64 trilhão em ativos. A instituição conquistou o respeito de grandes investidores, por isso a forma como vende o Bitcoin pode influenciar milhões de clientes.
Apesar disso, o CEO do Goldman cedeu com o tempo, e afirmou que a tecnologia subjacente ao mercado cripto é “super interessante”. Desse modo, ele destacou a blockchain como resposta para reduzir o atrito no sistema financeiro.
Quando questionado pelo repórter da CNBC, se a construção de uma reserva semelhante à de ouro seria um caso de reserva de valor ou um caso de uso para o Bitcoin, Solomon respondeu de forma positiva. “Pode muito bem haver um caso de reserva de valor.”
Goldman Sachs agora é amigo do Bitcoin?
Em 2021, o mesmo ano em que a Goldman Sachs lançou uma mesa de trading para cripto, Solomon exaltou a criptomoeda. “O Bitcoin está em um caminho inevitável para ter a mesma capitalização de mercado e, em seguida, uma maior do que a do ouro.”
Ao contrário de Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, o Goldman é um entusiasta do espaço cripto em 2024. No início deste ano, a Goldman Sachs foi uma das várias empresas que completaram uma série de testes na Canton Network, uma “rede projetada para ativos institucionais” criada pela Digital Asset Holdings.
Em uma conversa ao lado da lareira em março no Digital Asset Summit em Londres, Mathew McDermott, chefe global de ativos digitais da Goldman, disse que a empresa tem investido ativamente no espaço de ativos digitais e “olhando para as reivindicações de falência e outras oportunidades de investimento.”
O banco confirmou que viu um crescente interesse de clientes de fundos de hedge em produtos relacionados a cripto.
“Muitos dos nossos maiores clientes estão ativos ou explorando se tornarem ativos no espaço”, disse Max Minton, chefe de ativos digitais da Goldman Sachs para a Ásia-Pacífico, à Bloomberg. Isso ocorreu próximo ao auge dos lançamentos do ETF spot de bitcoin.
Vale lembrar que o Goldman Sachs planeja lançar três projetos de tokenização até o final do ano. Além de sua própria blockchain, ou DLT, focados nos mercados dos EUA e da Europa. Com isso, a empresa também planeja criar mercados para ativos tokenizados.
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