A 11 dias da posse de Donald Trump como 47º presidente americano, a administração de Joe Biden anunciou a autorização para vender ao menos 60 mil Bitcoins.
Apreendidos pelo governo no caso Silk Road em ao menos duas situações, em 2013 e 2020. O Silk Road, um conhecido site da deep web, é a origem de boa parte dos 190.000 Bitcoins detidos pelo governo americano.
A decisão da gestão Biden, entretanto, contrasta com a decisão de Donald Trump, que em campanha prometeu fazer com que os EUA construam uma “Reserva estratégica de Bitcoin”.
Após a vitória de Trump, usuários têm especulado os meios possíveis segundo o qual Trump poderia cumprir a promessa. Dentre eles, estaria uma ordem executiva que transferisse estes Bitcoins sob custódia do poder judiciário para o poder executivo.
A venda de Bitcoins pelo governo, porém, não é um caso isolado. Ao longo dos últimos anos, o governo americano já anunciou vendas em ao menos 2 outras vendas, em março de 2023 e abril de 2024.
A diferença, claro, está no volume. Somadas as vendas anteriores, os EUA colocaram 11.4 mil Bitcoins no mercado, menos de 20% do volume atual.
Venda pelo EUA impacta o preço do Bitcoin
Usuários têm citado as vendas por parte de governos, como EUA ou Alemanha, que em 2024 vendeu ao menos 50 mil Bitcoins, como parte de um processo de “FUD”, uma sigla para “Fear, Uncertainty, and Doubt” (Medo, Incerteza e Dúvida).
Outros casos similares incluem vendas de exchanges como a Mt.Gox, hacekada em 2014 e que tem devolvido Bitcoins para os usuários ao longo dos anos.
Como Trump pode compôr a reserva em Bitcoin dos EUA
Para além da ordem executiva, outro meio de criar a reserva americana seria através de um projeto de lei do Congresso, conhecido como Bitcoin.Act. O projeto é de autoria da deputada Cynthia Lummis.
Este segundo meio ganha força na medida em que mais de 250 deputados americanos já demonstraram apoio ao Bitcoin.
Dado que Donald Trump foi eleito com maioria nas duas casas, a Câmara e o Senado, este caminho seria considerado mais “natural”, algo, entretanto, que não costuma ser muito relevante no “estilo Trump”.
Para os analistas da Fidelity, além de outras grandes gestoras em cripto, essa medida seria crucial para garantir que o Bitcoin possa atingir US$200 mil em 2025.
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