No mais recente Relatório de Estabilidade Financeira (REF), desta terça-feira (29), o Banco Central do Brasil (BCB) destaca o desempenho dos principais ativos financeiros globais, e exalta o Bitcoin.
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A criptomoeda aparece com um resultado para chocar a Faria Lima, mas que surpreende poucos investidores do ouro digital: o Bitcoin aparece entre os ativos mais estáveis desde o último ciclo de análise iniciado em agosto de 2024.
Em um dos gráficos do relatório, o Bacen mostra que, mesmo em meio a tensões geopolíticas, volatilidade monetária e choques nos juros internacionais, a criptomoeda apresentou um comportamento mais resiliente do que diversos ativos tradicionais.
Bitcoin supera ativos tradicionais em estabilidade
No gráfico, o desempenho dos ativos é mensurado em desvios padrão e normalizado pelo tempo da janela de análise. Portanto, segundo o próprio BC, o Bitcoin apresenta um resultado positivo, e supera inclusive ativos considerados historicamente defensivos, como ouro e petróleo.
O relatório compara o desempenho do criptoativo com moedas emergentes, ações dos países desenvolvidos (como S&P 500 e Nasdaq), e índices de dívida corporativa.
Portanto, mostra que o Bitcoin se destacou por sua melhora relativa de desempenho. Mesmo em um ambiente de crescente incerteza financeira global.
Apesar de ser frequentemente associado à volatilidade, o Bitcoin vem, gradualmente, consolidando-se como um ativo de reserva alternativo em momentos de instabilidade macroeconômica.
O BCB não faz menções diretas à adoção institucional da criptomoeda, mas a inclusão explícita do Bitcoin está no relatório. O ouro digital está ao lado de commodities, moedas e títulos soberanos.
Portanto, já faz com que a simples menção seja um reconhecimento importante da relevância do Bitcoin para a autarquia.
Além disso, esse reconhecimento ecoa a visão de analistas globais, que identificam o Bitcoin como uma “reserva digital de valor” em tempos de política monetária apertada e riscos sistêmicos.
Embora o Banco Central brasileiro não adote o Bitcoin como moeda ou reserva oficial, o fato de incluí-lo em sua análise de estabilidade financeira é no mínimo marcante.
Com isso, o Banco Central, mesmo de forma discreta, reconhece: o Bitcoin está aqui para ficar. E se mostrou, neste ciclo, mais estável que muitos ativos do velho mundo financeiro.
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