Dias após o Instituto Nacional de Estatísticas e Censo (INDEC), anunciar que a inflação na Argentina atingiu 3,9%, totalizando 50,7% em 12 meses, o porta-voz da Casa Rosada, sede do governo, anunciou que o governo planeja a criação de uma estatal de alimentos.
Não está claro pelo anúncio qual o direcionamento da empresa, se atuaria como a brasileira CONAB, a companhia nacional de abastecimento, com intuito de comprar e regular estoques, ou como o ex-supermercado estatal da Bahia, o “Cesta do Povo”, criado por Antônio Carlos Magalhães para vender produtos com deságio e privatizado pelo governador Rui Costa (PT), em 2019.
As tentativas de controlar a inflação na Argentina tem focado em congelamentos de preços e acordos com entidades de mercados e produtores.
Cabe ressaltar, porém, que ao contrário do Brasil, a Argentina não implementou uma lei que proíba o banco central do país de financiar o Tesouro.
Outras medidas como a criação de taxas de câmbio paralelas como o “dólar soja” e o “dólar petróleo”, também buscam atacar a inflação no país por meio de um controle cambial.
A desvalorização do peso argentino, a moeda do governo argentino, tem levado a uma corrida por dólares (a moeda do povo argentino), o que pressiona a inflação e preços cotados internacionalmente.
Alberto Fernandez já havia instituido legislações de congelamento de preços em 2021, e recuado após o fracasso da medida, buscando agora um congelamento que fosse “consensual”.
No caso brasileiro, em meio aos anos 1970, a companhia nacional de abastecimento também foi utilizada para controlar a inflação, não ao vender produtos mais baratos, mas sim fraudando os índices.
Na prática, sob ordens do governo, a estatal desviava produtos de estados como Minas Gerais e Goiás para o Rio de Janeiro em meio a datas de medição e preços.
Considerando o histórico argentino de fraudes no índice, convém manter o alerta ligado.
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