Três empresas cripto, entre elas a Tether, anunciaram a formação de uma força-tarefa contra crimes que acontecem no blockchain. O curioso é que uma delas é a Tether, emissora da stablecoin Tether. Ontem, um artigo do Wall Street Journal atacou a empresa, e disse que a stablecoin representa uma ameaça aos EUA.
Desse modo, as empresas TRON, de Justin Sun, Tether, de Paolo Ardoino, e TRM Labs anunciaram em parceria a criação do T3 Financial Crime Unit (T3 FCU), polícia do blockchain. As empresas descrevem a polícia do blockchain como uma unidade pioneira com foco na colaboração público-privada no combate a atividades ilícitas com uso da stablecoin USDT na blockchain TRON.
Nas primeiras semanas desde seu lançamento, a T3 FCU, em colaboração com autoridades policiais, já facilitou o congelamento de mais de USDT 12 milhões de esquemas de fraude e extorsão, entre outros crimes, segundo o comunicado à imprensa.
Investigações em blockchain ocorrem por meio de análises onchain. Ou seja, métricas que são possíveis graças ao caráter transparente do blockchain. Após extrair transações, e outros dados, de um blockchain é possível traçar algumas histórias.
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Força-tarefa já ajudou a congelar 12 milhões USDT
A força-tarefa afirmou que identificou pelo menos 11 vítimas até o momento. Além disso, a expectativa é que a empresa descubra mais vítimas à medida que as investigações avançam. Justin Sun, fundador da TRON, destacou que a criação da empresa envolve a crença de que a tecnologia pode ser uma ferramenta para o bem.
“Ao colaborar com a TRM Labs e a Tether, a TRON está ajudando a garantir que a tecnologia blockchain seja utilizada para tornar o mundo um lugar melhor, deixando claro que atividades ilícitas não são bem-vindas em nossa indústria”, afirmou Sun.
Paolo Ardoino, CEO da Tether, também reforçou o compromisso da empresa em proteger a integridade do ecossistema blockchain.
“Estamos orgulhosos de trabalhar com a TRM Labs e a TRON nesta iniciativa pioneira. Essa colaboração destaca nossa dedicação em unir forças com líderes do setor e autoridades para combater atividades ilícitas, garantindo um ambiente seguro para todos os usuários”, declarou Ardoino.
WSJ ataca a Tether um dia antes da criação da força-tarefa
Do ponto de vista dos autores do artigo que o WSJ publicou ontem, a USDT é uma grave ameaça à segurança financeira dos Estados Unidos. Os jornalistas acusam a stablecoin, que movimenta até US$ 190 bilhões por dia, de facilitar a evasão de sanções. Além de apoiar o comércio ilícito e minar os esforços do governo americano no combate a atividades ilegais.
O WSJ destacou que a Tether é uma criptomoeda atrelada ao dólar americano e controlada privadamente nas Ilhas Virgens Britânicas. Ademais, acusaram-a de ter ser amplamente utilizada por oligarcas russos, traficantes de armas e governos sancionados.
Segundo os autores, em países como Irã, Venezuela e Rússia, onde o governo dos EUA restringiu o acesso ao sistema financeiro em dólares, o tether encontrou um nicho.
Por fim, a reportagem do WSJ reconhece que muitos chamem a Tether de uma ferramenta legítima no mundo das criptomoedas. Contudo, eles afirmam que a natureza não regulamentada permite que ele opere à margem da lei.
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