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4 fatos surreais para entender o tamanho da Amazon

Muito mais do que uma loja, a Amazon se tornou uma gigante em mídia, logística, finanças, publicidade, saúde e inúmeros outros setores. Quando Jeff Bezos decidiu largar seu emprego em um banco de Wall Street para vender livros online, em uma época onde a internet era uma fração do que é hoje, muita gente considerou […]

Muito mais do que uma loja, a Amazon se tornou uma gigante em mídia, logística, finanças, publicidade, saúde e inúmeros outros setores.

Quando Jeff Bezos decidiu largar seu emprego em um banco de Wall Street para vender livros online, em uma época onde a internet era uma fração do que é hoje, muita gente considerou a ideia absurda.

Seus pais, ao contrário, apostaram na empresa. Colocaram $245 mil dólares em 1995, o que garante a Jackie e Miguel Bezos uma fortuna estimada em $40 bilhões hoje.

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De fato, o cubano que adotou Jeffrey quando casou com sua mãe é hoje o homem mais rico da América Latina graças a essa que pode ser considerada a maior tacada de Venture Capital da história.

Jeffrey, ou simplesmente Jeff, transformou a loja que vendia livros em uma das maiores empresas do planeta ao longo de duas décadas, saindo de uma escolha “simples”, mas que fazia sentido como produto inicial, os livros, para se tornar uma “loja de tudo”.

O resultado são alguns feitos surreais, como você confere abaixo

A Amazon é a maior empresa de mídia do planeta

Quando se fala em “Amazon”, a primeira coisa que vem a mente é, claro, o e-commerce, uma grande loja que vende simplesmente qualquer produto, próprio ou de terceiros.

Durante anos entretanto, a Amazon agregou soluções aos vendedores e benefícios aos clientes que, se colocados de maneira separada, seriam considerados a maior empresa de mídia do planeta.

Em publicidade, uma área crescente para a empresa, o faturamento está em $22,4 bilhões no ano. Para se ter uma ideia, o Facebook, uma empresa que sobrevive essencialmente com anúncios, fatura $25,3 bilhões.

O faturamento da empresa de Jeff tem crescido 70% ao ano, e apesar de representar uma fração dos $150 bilhões que o Google faz na área, já representa uma ameaça a empresa de Mountain View.

Em música, os serviços da Amazon contam com 55 milhões de assinantes, ou ⅓ do total de assinantes do Spotify, já em vídeo, o Amazon Prime Video conta com 200 milhões de assinantes.

Os negócios em mídia da Amazon, que não consideram o Washington Post, propriedade pessoal de Bezos, incluem ainda a Twitch, rede social de gamers e streamers comprada por $970 milhões em 2014 e que hoje estima-se, valha algo como $15 bilhões.

Na prática, quando considerados em agregado, os negócios da Amazon em mídia possuem um valor de $500 bilhões, ou quase ⅓ do valor total da empresa.

Em 2020, quando foi chamado ao congresso americano para responder os congressistas, Bezos pareceu entender pouco sobre o funcionamento do Twitch, alegando que teria de responder depois. Natural. Quem nunca esqueceu que é dono de uma empresa que vale $15 bilhões?

De onde vem o lucro da Amazon

Sendo o maior e-commerce do planeta, seria natural esperar que o lucro da Amazon viesse desse setor. Esse não é o caso aqui.

Por quase duas décadas a Amazon teve um lucro praticamente insignificante diante do seu faturamento.

Seu lucro começou a surgir em função de uma empresa criada em 2006, a AWS, ou Amazon Web Service.

Na prática, a AWS foi criada para atender a demanda da própria Amazon por servidores. Com o tempo entretanto, a Amazon expandiu seus serviços para outros clientes, tornando-se hoje a maior empresa de computação em nuvem do planeta

Empresas como a Netflix, LinkedIn, ESPN, Disney e inúmeros outros, rodam seus serviços online por meio da AWS.

Em 2020, a AWS fez sozinha 78% do lucro da Amazon, ou $13,5 bilhões, isso com uma fração de 12% do faturamento da empresa.

Na própria ocasião em que compareceu ao congresso, Bezos foi chamado a discutir se a prática de utilizar o lucro da AWS para subsidiar clientes de outros produtos não seria uma prática de concorrência desleal.

Sendo ou não desleal, fato é que a AWS segura as pontas por lá.

A Amazon é a maior empresa de logística do mundo. E garante $20 bilhões em subsídio aos clientes

São ao menos 80 milhões de m² em armazenado divididos entre 22 países, somando 876 instalações, dos quais, ao menos 22 estão localizados em aeroportos que comportam os 70 aviões da empresa.

Somando tudo, a empresa de Jeff fatura $42,7 bilhões em logística, distribuindo 2,5 bilhões de pacotes por ano. Sua receita apenas em logística é maior do que qualquer outra companhia do setor no planeta.

Desde que as vendas de terceiros em seu site se tornaram maioria, a empresa tem crescido em oferta de serviços complementares, como logística.

São 2,5 milhões de vendedores cadastrados em seu site, sendo 2 em cada 3 pacotes dispachados por eles, entregues pela própria logística da empresa. 

Considerando que a companhia vende mais próprios de terceiros que os seus próprios, há quem já passe a defini-la como uma empresa logística de fato.

Usuário do prime, que pagam $99 por ano para ter frete grátis, acabando ganhando um “extra”. Os fretes custam em suma $20 bilhões a mais do que os clientes pagam (sem considerar o fato de o Prime Video estar incluso no pacote)

O salário mínimo na Amazon é de $17 por hora, o dobro do que exige a lei americana

Acusações de situações desumanas se tornaram comum entre os armazéns da empresa, o nível mais baixo dentro da hierarquia da empresa.

Em partes por isso a Amazon lançou em 2018 um manifesto onde defendia um salário mínimo de $15, que seria aplicado pela própria empresa a um custo de $1 bilhão anuais.

Trata-se de um valor bastante acima dos $7,25 que determina a lei americana.

As motivações entretanto vão além. A companhia promove por meio deste aumento de custos, o que é plenamente custeavel por ela graças a seu lucro com computação na nuvem, por exemplo, uma barreira de entrada a outros competidores.

A empresa possui ao menos 1 milhão de empregados, dos quais 500 mil devem agora receber um aumento para $17 por hora. Impor o mesmo custo ao Wal-Mart, um competidor direto, implicaria diminuir drasticamente a margem da gigante do varejo, considerando que as vendas em lojas físicas ainda são sua fonte principal de receita.

Boa parte dos competidores menores também estaria virtualmente impedida de acompanhar o aumento na renda.

Em outras palavras: a Amazon banca salários maiores e assim reduz drasticamente a concorrência. Tudo isso enquanto seus contadores encontram em brechas da lei uma maneira de pagar $0 em impostos sobre o lucro.

Para além disso, a empresa é uma das maiores beneficiárias em subsídios com dinheiro público pra área de computação na nuvem.

Desde 2012 foram ao menos 20 pacotes de subsídios por ano, incluindo aí um data center novo que recebe $1,95 milhão em dinheiro público pra cada emprego gerado, ou galpões nos subúrbios de Chicago que contaram com $741 milhões em dinheiro do pagador de impostos.

Em outras palavras, a Amazon é um exemplo perfeito se uma grande corporação cujo objetivo principal está em promover disrupção, oferecendo produtos mais baratos e assim tomando conta de mercados diversos.

Não se trata de uma loja, mas de um modelo de negócios, que pode entrar e tomar parte de setores que vão dá mídia a saúde, com sua startup criada para atender seus 1 milhão de funcionários. Por vezes, quem banca a conta é a própria Amazon, desviando dinheiro de setores lucrativos para bancar a operação em outros. Em outras vezes porém, o pagador de impostos americano também contribui.


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