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Twitter perde $5 bilhões em valor de mercado após banimento de Trump

Com queda de até 12% durante a manhã, ações da empresa de microblogs tem caído com a polêmica sobre banimento de contas. A polêmica que se desenrolou durante o final de semana com o banimento do presidente americano Donald Trump na última sexta-feira, ganhou corpo agora na bolsa de valores, com investidores punindo a ação […]

Com queda de até 12% durante a manhã, ações da empresa de microblogs tem caído com a polêmica sobre banimento de contas.

A polêmica que se desenrolou durante o final de semana com o banimento do presidente americano Donald Trump na última sexta-feira, ganhou corpo agora na bolsa de valores, com investidores punindo a ação da empresa.

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A decisão não está sozinha em termos de “polêmica”, e muito menos representa algo novo. Políticos de ambos os lados acusam as redes sociais, como Twitter ou Facebook, de se beneficiarem do elevado engajamento que as discussões políticas tem trazido as suas redes.

Há cerca de 6 meses por exemplo, líderes das empresas de tecnologia americanas, como Amazon, Facebook, Google e Apple, foram ao congresso prestar esclarecimentos.

A acusação formal é a de abuso de poder e formação de monopólio. Discussões sobre o caso da Amazon por exemplo, envolvem uma possível quebra da empresa em 3 unidades de negócios, impedindo que uma unidade lucrativa sirva de geradora de recursos para financiar outra área, e assim eliminar a concorrência.

No que diz respeito ao Facebook entretanto, as questões envolvem o seu poder de controlar ou ditar as regras do debate público, além da segurança de dados.

Desde 2016 ao menos, há acusação de que a fraqueza com que o Facebook protege os dados dos seus usuários teria levado empresas a explorarem isso como oportunidade de manipular o debate, como no caso da Cambridge Analytica.

Dado que o presidente americano Donald Trump definiu o Twitter como seu canal oficial de comunicação direta com a população, um evento seguido por outros líderes mundiais, como no caso brasileiro, a discussão ganhou ainda mais força.

Em resumo, a grande questão é sobre a posição das empresas. As opções entretanto não são nada fáceis. Trata-se de definir entre um “vale tudo”, onde qualquer informação pode ser postada, e um outro “olhar do editor”, onde a rede atua como definidora do que pode ou não ser publicado.

Em tese, por se tratar de um empresa privada, as companhias podem definir aquilo que será publicado em suas redes. Promovendo assim uma “censura privada”.

Na prática porém, tal decisão cria apenas divergências.

Isso ocorre pois, em nenhum outro momento histórico da humanidade um grupo tão pequeno de empresas teve tamanho poder sobre o mercado em que atuam.

As barreiras de entrada, como canais de distribuição, tem se tornado cada vez mais difíceis de serem acessadas, como mostrou a decisão do Google e da Apple de banir o app Parler, que se propõe a ser “sem censura”.

Apenas duas empresas no mundo controlam os sistemas nos quais os aplicativos comuns do dia a dia rodam. Tais empresas não possuem qualquer prestação de contas externa sobre aquilo que definem como regra.

No caso da mídia tradicional, não foram poucas as investidas para se criar canais alternativos aos dominantes, como mostra o surgimento da FoxNews, um veículo voltado para um público não atendido pela visão editorial de outras redes, como a CNN.

Goste-se ou não das linhas editoriais da mídia tradicional, elas não possuem poder de ameaçar concorrência e manterem-se dominantes.

Hoje, graças a enxurrada de dólares na economia e a uma política de custo zero para o dinheiro, empresas como Facebook podem sem grandes dificuldades adquirir e destruir qualquer ameaça concorrencial.

No caso do Twitter, a rede enfrenta problemas similares, além de outros criados pelo seu tamanho relativamente pequeno em relação as demais Big Techs.

Em fevereiro de 2019 por exemplo, o FBI descobriu que um grupo de engenheiros estava sendo infiltrado dentro do Twitter para enviar informações a um grupo ligado ao príncipe saudita.

Os sauditas, família cuja fortuna é estimada em até $2 trilhões, controlam parte do Twitter.

Na investigação, aponta-se que casos como o do jornalista do Washington Post morto a mando do governo saudita, teria tido colaboração de infiltrados na empresa que repassaram dados como a localização do usuário.

Segundo o mesmo FBI, mais de 1 mil funcionários tem a capacidade de acessar dados de usuários.

A proteção de dados, parte crucial da sociedade atual, tem sido comprometida na mesma medida em que a concorrência deixa de ser uma questão.

O uso de dados é parte essencial da remuneração de tais empresas, e a exploração destes dados, parte fundamental do seu sucesso.

Quanto melhores forem em extrair e explorar os dados de seus usuários, mais bem sucedidas serão tais empresas.

Cabe ressaltar que o caso do Twitter, cujas ações casem na NASDAQ, a bolsa de tecnologia, não é uma “punição” pela atitude, mas um temor do mercado de que a decisão da rede leve a um esvaziamento do seu uso.

Com menos usuários ativos e ameaça de concorrência, a capacidade do Twitter de utilizar seus consumidores para gerar receita estaria comprometida, levando um retorno menor por parte da empresa.

Fato é que os ricos que as redes centralizadas apresentavam há um ano, apenas aumentam com as decisões atuais. Concorde você ou não com as falas de Donald Trump, dar poder a empresas de decidirem o que pode e o que não pode ser propagado é um perigo.

Se ainda não está convencido, basta lembrar que no caso do líder supremo do Irã que twittou ameaças de extinguir o Estado de Israel, a posição do Twitter foi que “se trata apenas de questão de política externa”.

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