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Economia

Turquia reduz juros para combater a inflação e deixa investidores de Bitcoin ricos

Com a moeda que mais se desvalorizou no mundo e a segunda maior inflação do G20, a Turquia se tornou um dos países com maior adoção do Bitcoin no mundo.

A incerteza sobre a real existência de Homero é um dos fatos mais debatidos da história, a ciência que se acredita ter sido criada por ele próprio.

Autor de Ilíada, a primeira obra de literatura da história ocidental, que narra a guerra de Tróia, Homero nasceu na Jônia, uma província grega na atual Turquia.

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Incertezas também geográficas são uma constante no país, que neste momento escalona uma das guerras frias mais antigas da história da humanidade, o conflito entre Grécia e Turquia.

Com a escalada da crise turca, o presidente turco, Tayyip Erdogan, tem buscado meios de restaurar seu prestígio e impor reformas.

As causas, desta vez, são muito mais perigosas do que a disputa para descobrir qual a mais bela das deusas, que levaria Heitor a raptar Helena, culminando com Brad Pitt entregando um cavalo de madeira aos “turcos”.

Em meio a pandemia, a Lira turca se tornou a moeda que mais perdeu valor no mundo, um feito e tanto em um mundo onde existe a Argentina.

Desde março de 2020, a Lira chegou a cair 60%, saindo de 6 pra 1 para os 18,4 pra 1 dólar. O resultado foi o aumento expressivo da inflação, que voltou a casa dos 20% ao ano.

A desvalorização da Lira em 2021 é superada apenas pela ocorrida em 2000, quando o país enfrentou uma inflação ao redor de 80% no ano.

Neste momento a Turquia ostenta a medalha de prata em termos de inflação entre as maiores economias do mundo (um feito e tanto em um mundo onde existe a Argentina),

Na outra ponta, dos juros, ganha por pouco a medalha de ouro, com uma leve vantagem sobre o Brasil.

E é justamente essa diferença que Erdogan tem buscado atacar.

Tendo sido eleito pela primeira vez em 2003, o presidente turco ganhou notoriedade e apelo popular na segunda metade dos anos 2000, junto de diversos outros governantes de países subdesenvolvidos.

O crescimento econômico dos emergentes, aliado à busca da Turquia para entrar na União Europeia, fizeram Erdogan surfar uma popularidade recorde.

Assim como diversos outros países emergentes, a Turquia conheceu sua própria crise na segunda década do século.

Desde 2016 o país vem lutando com a instabilidade política e os problemas econômicos, ampliados pela desvalorização da moeda e desconfiança de investidores estrangeiros.

Uma tentativa frustrada de golpe de Estado no mesmo ano acabou levando a Turquia a mergulhar em decisões autoritárias por parte do presidente.

O plano de entrar para a União Europeia acabou enterrado em 2017, graças a acusações de violação de direitos humanos.

Após diversas ações para ampliar o controle sobre o sistema político no país, Erdogan chegou em março de 2021 tomando ações para assumir também o controle da economia.

Em 22 de março, o presidente do Banco Central turco foi demitido.

A motivação foi uma discordância em como líder com a inflação que assola o país, atingindo 20% neste ano.

Erdogan defende que a taxa de juros historicamente alta atrapalha o crescimento da economia, sendo necessário portanto reduzir os juros, ainda que na marra.

Em março, já sob a intervenção, a Turquia rasgou o manual de economia e reduziu juros, inundando a economia de dinheiro ao passo em que os preços aumentavam.

Em Abril, para forçar o uso da Lira, o país atuou para restringir o uso de dólares e criptomoedas como meios de pagamento.

Já em Maio, regras mais rigorosas para compra de Criptos foram emitidas. O resultado, porém, foi um pico de pesquisas no Google por “Bitcoin“.

Em setembro, o novo presidente do Banco Central no país anunciou a intenção de rever a política de cortes de juros, o que levou a sua disposição.

Na mesma data, o presidente turco anunciou estar em guerra contra o Bitcoin.

Como diversos outros casos, a decisão se tornou difícil de cumprir. Na véspera de natal, Erdogan anunciou a intenção de enviar um projeto para o parlamento visando.

As razões não chegam a espantar. No último domingo a busca por cripto no Google registraram novamente um pico.

Enquanto a autoridade de tecnologia da informação e comunicações turca (ICTA), afirma que o país possui 2,3 milhões de investidores em Cripto (3% da sua população), registros em exchanges estrangeiras sugerem que o número pode ser significativamente maior.

No início do ano, as 11 principais exchanges turcas chegaram a registrar transações totais de $6 bilhões em cripto.

Ao contrário do Brasil, onde o Bitcoin está disponível inclusive na bolsa de valores (QBTC11), os turcos ainda são dependentes de exchanges, que agora devem passar a ser reguladas pelo governo.

Em dezembro, o Banco Central do país atuou ao menos 4 vezes para alterar a taxa de juros.

Na prática, os turcos viram o preço do Bitcoin atingir 750 mil liras turcas, contra 250 mil no início deste ano.

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