As eleições nos Estados Unidos irão acontecer na semana que vem, e investidores de Bitcoin, e outras criptomoedas, estão atentos aos resultados. O resultado, seja Trump ou Kamala, tem impacto direto no Bitcoin e na indústria cripto. Isso porque a administração dos próximos quatro anos pode ser favorável ou contrária ao setor. Ao menos é o que indicam relatórios de diversos grandes bancos, e instituições financeiras ao redor do mundo.
Os posicionamentos distintos dos candidatos sobre regulamentação e incentivo ao setor cripto é um fator que nunca esteve tão forte nas eleições norte-americanas até então. A indústria sofreu restrições e processos nos últimos quatro anos sob administração do democrata Joe Biden, e é uma das razões do favoritismo de Trump por parte da indústria.
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O aceno de Trump ao mercado de criptomoedas rendeu a ele doações milionárias de líderes do setor, como os gêmeos Winklevoss da exchange Gemini. Já a Kamala também recebeu milhões do setor, mais especificamente do CEO da Ripple (XRP).
Segundo a plataforma de apostas descentralizadas do Polymarket, Trump abriu vantagem contra Kamala nas últimas semanas. Atualmente, o candidato Republicano conta com 66% dos apostadores dispostos a arriscarem seu dinheiro nele. Já Kamala tem 34% de apostadores.
Caso Trump ganhe da Kamala o Bitcoin vai a US$ 125 mil
Durante sua campanha, Trump indicou que quer que os EUA se tornem uma “capital global das criptomoedas”. O candidato participou de eventos da indústria como o Bitcoin Conference, e reforçou sua colaboração com o setor de mineração e o comprometimento com a transação de ativos digitais sem supervisão governamental.
Analistas do Standard Chartered preveem que, em caso de vitória de Trump, o preço do Bitcoin pode subir rapidamente para US$ 80.000. Além disso, potencialmente atingir US$ 125.000 até o final de 2024.
No entanto, especialistas alertam que Trump poderá enfrentar desafios legislativos se não conseguir apoio suficiente no Congresso. A ausência de uma maioria republicana pode limitar sua capacidade de avançar com medidas pró-cripto.
Mesmo assim, seu foco em reduzir barreiras regulatórias agrada aos investidores. Muito ainda com traumas da Operação Chokepoint 2.0 no país, que refere-se às diversas medidas estranguladoras contra empresas do setor, sob comando de Garu Gensler presidente da SEC.
E se Kamala ganhar de Trump o Bitcoin vai para onde?
Por outro lado, Kamala Harris, substituta de Biden na candidatura democrata, tem mantido uma postura mais cautelosa em relação às criptomoedas. Embora ainda não tenha delineado um plano claro para o setor, ela sinalizou uma abertura moderada. Especialmente em comparação com a abordagem mais restritiva de Biden.
Analistas acreditam que, se eleita, Harris pode impor regulamentações adicionais para mitigar riscos de fraudes e proteger investidores, o que poderia criar uma pressão de curto prazo sobre o preço do Bitcoin.
O Standard Chartered projeta que, em caso de vitória de Harris, o Bitcoin poderia experimentar uma queda inicial para a faixa de US$ 65.000. Mas ainda assim fecharia o ano em US$ 75.000, refletindo uma base de apoio resiliente ao ativo digital mesmo em um ambiente regulatório mais rígido.
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