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Após superar a marca de US$ 100 mil, oficialmente todo o fornecimento de Bitcoin do mundo já vale mais que todo Real em circulação no Brasil em Bitcoin. O valor de mercado acumulado de todos os Bitcoins existentes já ultrapassou a capitalização total do Real brasileiro (BRL). Apesar do recuo para abaixo de US$ 100 mil nos últimos minutos, o Bitcoin atingiu a marca na madrugada desta quinta-feira (5).
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Portanto, a comparaçãoem Bitcoin expõe não apenas a força da maior criptomoeda do mercado. Mas também sugere uma mudança significativa nos pilares tradicionais das finanças globais. Em resumo, o dado revela como o poder de compra do real perdeu valor ao longo dos anos. Apesar do Banco Central ter o poder de imprimir mais moeda para ajustar políticas fiscais econômicas.
Com base nos dados do fiatmarketcaps, o Bitcoin ocupa atualmente a 10ª posição entre as maiores moedas em termos de capitalização de mercado. O montante total de 19.790.568 BTC equivale a US$ 2,01 trilhões. Desse modo, a posição coloca a criptomoeda à frente de moedas fiduciárias de nações estabelecidas, como o Real, que ocupa a 12ª colocação.
Bitcoin x Real
Contudo, o Bitcoin existe há apenas 15 anos, enquanto o Real circula desde 1994. Além disso, o país já teve nove moedas ao todo, enquanto o Bitcoin se mantém sólido. A valorização do Bitcoin reflete anos de adoção crescente, tanto por investidores institucionais quanto individuais. Especialmente em períodos de instabilidade econômica.
A criptomoeda, criada em 2009, foi projetada como um sistema descentralizado e finito, com um limite máximo de 21 milhões de moedas a serem mineradas. Isso tem gerado escassez e, consequentemente, um alto valor percebido.
Em contrapartida, apesar de ser a moeda oficial do Brasil e utilizada por mais de 200 milhões de habitantes, o Real enfrenta desafios associados à volatilidade cambial, inflação e uma economia em recuperação pós-pandemia.
Essas condições macroeconômicas têm limitado sua competitividade em comparação com moedas de economias mais robustas, como o Dólar (USD) e o Euro (EUR), que ocupam, respectivamente, a 2ª e 3ª posições na tabela.
O Bitcoin, por outro lado, funciona em um sistema global sem fronteiras, onde a confiança do mercado e a adoção tecnológica ditam sua valorização.
Assim, ele tem atraído investidores brasileiros que buscam proteção contra a desvalorização do Real e oportunidades de diversificação de seus portfólios. Além disso, empresas brasileiras já começaram a aceitar pagamentos em Bitcoin, impulsionando ainda mais sua adoção.
Moedas oficiais do Brasil
O Brasil, em seus mais de 200 anos de história desde a Independência, já teve nove moedas oficiais. O Réis (Real antigo) circulou de 1690 a 1942. O Réis foi uma herança da colonização portuguesa e continuou em circulação após a Independência do Brasil.
Entretanto, com a modernização da economia e a necessidade de simplificação contábil, o Réis foi substituído pelo Cruzeiro em 1942. A inflação crescente ao longo das décadas tornou o sistema de contagem em réis impraticável.
Já o Cruzeiro (Cr$) esteve presente no cotidiano dos brasileiros de 1942 a 1967. No entanto, a inflação descontrolada nas décadas de 1950 e 1960 desvalorizou significativamente o Cruzeiro. O que forçou a criação de uma nova moeda.
Desse modo, surgiu o Cruzeiro Novo (NCr$) que existiu de 1967 a 1970. Mas ao contrário da moeda, o problema inflacionário persistiu. Assim chegou o Cruzeiro (Cr$), de 1970 a 1986. Mesmo com a mudança de nomenclatura, o Brasil enfrentou décadas de inflação e instabilidade econômica.
Planos cruzados e reais
Em 1986, durante o Plano Cruzado, o Cruzeiro foi substituído pelo Cruzado em uma tentativa de estabilizar a economia. Portanto, com o Cruzado (Cz$), de 1986 a 1989, a moeda buscava combater a hiperinflação, congelando preços e salários.
O plano fracassou devido à falta de controle fiscal e políticas econômicas inconsistentes. Tudo isso levou a uma nova substituição. O Cruzado Novo (NCz$) persistiu de 1989 a 1990. Contudo, apesar das mudanças, a inflação continuava alta, o que levou à volta do Cruzeiro.
O bom filho à casa torna e o Cruzeiro (Cr$) voltou entre 1990 a 1993. Mas não para ficar. Durante o governo Collor, o Cruzeiro foi novamente adotado, mas a inflação galopante continuou.
Medidas drásticas, como o confisco de poupanças, causaram instabilidade econômica e social, agravando a crise. Desse modo, em mais uma tentativa de inovar, veio o Cruzeiro Real (CR$) de 1993 a 1994. Apesar disso, a inflação continuava altíssima, exigindo uma mudança estrutural mais ampla.
Por fim, com o Plano Real chegou o Real (R$), em 1994. O Real foi atrelado ao Dólar no início, o que ajudou a estabilizar os preços, e o plano incluiu ajustes fiscais e reformas econômicas.
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