“O mundo inteiro irá se beneficiar dessa liderança”
Foi com essas palavras que Michael Saylor, CEO da MicroStrategy, parabenizou Elon Musk pelo investimento de $1,5 bilhão em Bitcoin por parte da Tesla.
Congratulations & thank you to @elonmusk & @Tesla on adding #Bitcoin to their balance sheet. The entire world will benefit from this leadership.https://t.co/FVTepBqAI2
— Michael Saylor (@michael_saylor) February 8, 2021
Com o movimento descrito nos documentos enviados a SEC, o órgão regulador do mercado mobiliário americano, a Tesla ultrapassa a MicroStrategy de Saylor como a responsável pela maior aquisição de Bitcoins já realizada por uma empresa de capital aberto.
Apesar disso, a MicroStrategy (MSTR) ainda é a empresa listada em bolsa com maior quantidade de Bitcoins em custódia, tendo em vista que a MSTR adquiriu o criptoativo a um preço médio inferior ao da Tesla.
O anúncio da companhia coincide também com o evento realizado pelo próprio Saylor que discutiu com milhares de investidores institucionais sobre o pioneirismo da alocação de caixa em cripto.
Durante o último ano, a Tesla viu suas ações superarem os 730% de alta, se tornando uma empresa mais valiosa do que as 12 maiores fabricantes de veículos do mundo somadas.
Neste mesmo período, se tornou também comum aguardar não “se”, mas “quando” a empresa de Musk anunciaria sua posição em Bitcoin.
No próprio Twitter, Musk chegou a questionar Saylor se seria viável realizar uma compra de tamanha escala, no que o CEO da MicroStrategy respondeu que “não apenas é possível como posso compartilhar com você a maneira como nós fizemos”.
No documento enviado a SEC, a Tesla alega que a compra faz parte de uma nova política de caixa da empresa, que prevê buscar melhor retorno aos acionistas também sobre o montante mantido em caixa.
A compra é um marco para o Bitcoin, não apenas por envolver a figura do homem mais rico do mundo e uma das 5 maiores empresas americanas, mas por a Tesla se tratar de uma empresa de energia, e de capital intensivo.
Na prática, a Tesla se tornou a primeira das gigantes de tecnologia a desafiar o consenso do mercado, ainda ressabiado com a volatilidade do bitcoin, e manter uma posição já criptomoeda.
O valor de mercado do Bitcoin cresceu por volta de 10% apenas hoje com o anúncio, encostando em $800 bilhões (similar ao valor da própria Tesla).
Ao final de 2020, a Tesla possuía $19 bilhões em caixa e equivalentes de caixa. A posição de $1,5 bi segue, portanto, uma linha conservadora da companhia e de analistas, ao redor de 5-10%.
A companhia também anunciou que poderá, em um futuro breve, começar a aceitar Bitcoin como meio de pagamento para seus produtos.
A longa discussão sobre o principal papel do Bitcoin, se como reserva de valor ou meio de pagamento, tem ganhado força conforme investidores institucionais entram comprando no mercado.
Como comenta Rafael Izidoro, CEO da Fintech brasileira Rispar “há muitos grandes investidores querendo comprar seus Bitcoins, a ideia de entregar um ativo deflacionário em troca de um bem, como um carro por exemplo, tem sido cada vez mais tratada como absurda”.
A Rispar, de Izidoro, atua oferecendo empréstimos em reais utilizando Bitcoins como garantia, fazendo com que você possa comprar um bem ou serviço sem precisar se desfazer dos seus Bitcoins.
A compra da Tesla, que não revelou o preço médio, vem duas semanas após Elon Musk mudar sua Bio no Twitter para #Bitcoin. O mesmo já havia sido feito por Jack Dorsey, o fundador do Twitter e da Square, Fintech que comprou $80 milhões em Bitcoin no ano passado, e inspirou também Ricardo Salinas, o 3º homem mais rico do México e um entusiasta do Bitcoin.
Na prática, como Saylor reforça, Musk tem inspirado confiança a outros grandes investidores a seguirem este mesmo caminho.
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