
A arrecadação federal bateu um recorde histórico em 2024, atingindo R$ 2,71 trilhões, o maior valor registrado nos últimos 29 anos, segundo dados da Receita Federal. A razão do aumento da arrecadação vem principalmente de medidas fiscais do governo Lula. Apesar da conta incluir o polêmico imposto sobre compras internacionais de pequeno valor, ou as “taxação das blusinhas”, ele representa apenas 0,04% do total.
De acordo com informações divulgadas, a arrecadação do imposto de importação cresceu 40,7% em relação a 2023, atingindo um recorde histórico de R$ 2,98 bilhões. Em comparação, no ano anterior, a arrecadação com esse tributo foi de R$ 1,98 bilhão, indicando um incremento de R$ 1 bilhão com a taxação das blusinhas.
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Mesmo com a queda no número total de remessas internacionais, a cobrança extra sobre compras feitas em plataformas como Shein, Shopee, AliExpress e Temu garantiu uma pequena fatia do aumento. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, conseguiu entregar o que Lula esperava: um ajuste fiscal via aumento de arrecadação.
Segundo economistas, o presidente assumiu o cargo em 2023 com um bônus de R$ 200 bilhões em receitas (equivalente a 2% do PIB). Contudo, com o aumento do gasto público, esse superávit praticamente desapareceu, caindo para 0,1% do PIB, ou 0,5%, na estimativa mais otimista.
O governo optou por aumentar a arrecadação em 9% acima da inflação para cobrir despesas e tentar reduzir o déficit público. No entanto, essa estratégia tem consequências diretas na economia:
- Alta do dólar: O real segue pressionado, com a moeda americana em trajetória ascendente.
- Inflação de alimentos: O aumento nos preços dos alimentos tem sido uma das maiores queixas da população.
- Juros elevados: O Banco Central mantém a taxa de juros em patamares altos e pode precisar subir ainda mais para conter a inflação.
Expansão de gastos e o desafio para os próximos anos
A arrecadação recorde foi essencial para cobrir parte do aumento de despesas do governo, mas a sustentabilidade desse modelo é incerta. Com eleições se aproximando em 2026, a tendência é que o governo continue expandindo gastos. Enquanto o espaço para novos aumentos de arrecadação se torna mais restrito.
Especialistas alertam que, sem um corte significativo nas despesas públicas, o governo pode enfrentar maiores dificuldades fiscais nos próximos anos. Medidas como a reoneração da folha de pagamento e a manutenção de impostos sobre combustíveis estão na mesa, mas enfrentam forte resistência política e popular.
O grande desafio será equilibrar a necessidade de financiamento estatal sem sobrecarregar ainda mais os consumidores e investidores. Enquanto isso, a “taxação das blusinhas” segue como símbolo de um ajuste fiscal focado na arrecadação, mas de impacto limitado diante do tamanho do orçamento público.
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