Sob o comando de Xi Jinping, o acesso à internet tem se tornado cada vez mais restrito no território Chinês. O site chamado www.chinafirewalltest.com (clique no nome para testar), mostra todos os domínios bloqueados para acesso em solo chinês.
No ano de 220 a.C, a partir da ordem de Qin Shihuang, o então imperador chinês, a construção de uma das maiores obras da humanidade e do cartão postal Chinês se deu início. Com aproximadamente 2.300km de extensão e com uma altura média de 7,5 metros, a construção da Muralha da China perdurou até o século XVI, quando foi finalmente finalizada.
Qin Shihuang não sabia que, 2000 anos posteriormente, sua muralha perderia seu protagonismo para outra muralha. Muralha essa que não é composta por blocos e tijolos, e sim por códigos que bloqueiam o acesso da população chinesa a determinados sites. Sites esses que o PCC (Partido Comunista Chinês), considera como fonte de “interferência externa”.
O chamado “The Great Firewall” ou o Grande Firewall é um mecanismo usado pelas autoridades chinesas para limitar o acesso dos internautas chineses a determinados tipos de conteúdos providos por sites majoritariamente chineses. Constituindo assim, uma muralha virtual que limita o fluxo e troca de informações. Sites cotidianos para o mundo ocidental como o Google, Twitter, Facebook e Tiktok e principalmente sites informativos como a BBC são bloqueados para uso em solo chinês.
A censura é generalizada, qualquer crítica às autoridades chinesas que gerem algum sentimento popular pode ser censurada pelas autoridades em frações de segundos. O Grande Firewall limita tanto a liberdade de expressão dos cidadãos que, em uma pesquisa do Índice de Transformação Bertelsmann (BTI), em 2018, classificou a liberdade de expressão dos cidadãos chineses em dois dos 10 pontos possíveis. Ficando atrás apenas de países como a Coreia do Norte e Omã.
Em um dos episódios mais marcantes que retratam a repressão ideológica por parte do governo Chinês ocorreu em 2014. Na época, usuários chineses de aplicativos como Instagram e Facebook impulsionaram protestos pró-democracia por meio de hashtags e tags. Vídeos mostrando a repressão policial da polícia chinesa foram compartilhados massivamente pelos usuários, assim resultando no bloqueio tanto do Facebook quanto do Instagram pelo governo.
Como forma de denunciar a censura digital existente na China, o site www.chinafirewalltest.com fornece as informações se determinado site está bloqueado para acesso nas províncias Chinesas. Basta digitar o link URL do site desejado que ele fornece as informações detalhadas dos testes realizados nas diferentes províncias Chinesas e seus resultados.
PRESENÇA MARCANTE DE XI JINPING NA CENSURA
Embora atualmente não haja um horizonte de liberdade de expressão na China, já houve um período onde a internet proporcionou um nível de transparência e poder de comunicação impensável em relação ao cenário atual. Especificamente nos anos anteriores à posse de Xi Jinping, que ocorreu em 2012.
Nesse período, blogueiros populares que defendiam ousadas reformas sociais e políticas conquistaram dezenas de milhões de seguidores. O artifício limitador de acesso a determinadas redes já existia, mas era facilmente burlável por meio do uso dos chamados VPN’s. Foi só a partir da posse de Xi Jinping, que os mecanismos de censura digital passaram a ser desenvolvidos com mais recursos e seriedade.
O intuito de Xi não era apenas bloquear o acesso a informações do mundo ocidental, evitando expor as fragilidades de seu governo e as denúncias de opressão, e sim imprimir uma visão negativa da internet e do mundo ocidental no pensamento comum dos cidadãos. Desta forma, Xi impactou o senso comum de toda uma geração chinesa, formando cidadãos predominantemente nacionalistas.
Para se manter atualizado, siga a QR Capital no Instagram e no Twitter.
$100 de bônus de boas vindas. Crie sua conta na melhor corretora de traders de criptomoedas. Acesse ByBit.com