Poucos dias após Vladmir Putin assinar a lei que permite livre transação de criptomoedas em trocas internacionais, a Rússia afirmou que planeja lançar uma nova moeda digital, em blockchain, com lastro no yuan da China. A moeda digital seria uma stablecoin, ou seja, um criptoativo que tem seu valor em alguma commodity, ou moeda fiduciária.
O país é membro do BRICS, e sugeriu que os países usassem a moeda também. Segundo o jornal estatal noticiou, o plano ousado da Rússia é atrelar o yuan chinês a essa nova stablecoin, ou criptomoedas estáveis, mantendo uma relação de paridade de 1:1.
Desse modo, Isso garantiria que o preço permaneça estável, sem volatilidade. Portanto, a nova moeda digital ofereceria segurança para que ambos os países realizassem transações sem preocupações com flutuações de preço.
A stablecoin vinculada ao yuan chinês ajudararia a Rússia a contornar as sanções dos EUA e reduzir a dependência do dólar. Assim, o rublo russo e o yuan chinês serão os maiores beneficiados quando o comércio for liquidado nesse novo mecanismo de pagamento.
Além disso, a Rússia anunciou planos para lançar duas exchanges de criptomoedas estatais. O objetivo é integrar pagamentos digitais para a liquidação de comércio. A medida também é em resposta às sanções dos Estados Unidos.
Essas exchanges estarão localizadas em duas cidades diferentes. Uma em Moscou e outra em São Petersburgo.
No mês passado, o parlamento russo aprovou uma lei que permite o uso do Bitcoin e outras criptomoedas para comércio internacional. Além disso, a lei também legaliza a mineração de criptomoedas.
A legislação visava justamente facilitar transações internacionais que foram prejudicadas pelas sanções ocidentais e pressões regulatórias sobre os bancos locais. Isso permitirá que certas indústrias contornem regulações específicas de comércio. Em outras palavras, pode facilitar o esquivo de sanções, bem como do dólar.
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