O Bitcoin já mudou vidas de alguns brasileiros, e entregou fortuna para o bolso de uns, como também já levou alguns protagonistas ao fundo do poço. No Brasil, onde a criptoeconomia cresceu exponencialmente nos últimos anos. Alguns personagens se destacaram por acumularem verdadeiras montanhas de BTC. Seja por visão, influência ou pirâmides.
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Confira os seis brasileiros que, em algum momento, foram considerados entre os maiores detentores de Bitcoin do país, e como fizeram essa fortuna.
A reportagem abaixo é com base em dados públicos, relatos de mercado e pesquisas históricas.
1 Rodrigo Marques (Atlas Quantum) – 15.000 Bitcoins ou R$7,5 bilhões
Rodrigo Marques é conhecido por fundar a Atlas Quantum em 2017, vendia-se como uma plataforma de investimentos em criptomoedas, mas na realidade foi uma das maiores pirâmides financeiras com Bitcoin no Brasil. A plataforma chegou a gerenciar até 15.000 BTC de mais de 200 mil investidores do mundo todo. O primeiro nome na lista fez sua fortuna ao roubar Bitcoin dos outros.
Marques fundou a Atlas Quantum em 2017, e a plataforma cresceu rapidamente ao prometer rendimentos de 0,10% ao dia por meio de arbitragem automatizada entre exchanges. A empresa alegava operar com algoritmos capazes de explorar diferenças de preço do Bitcoin em diferentes plataformas globais.
No entanto, em 2019, a empresa enfrentou graves problemas financeiros, resultando na suspensão de saques e em prejuízos para milhares de investidores. Desse modo, o que aconteceu foi que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) entrou em cena e decidiu no dia 13 de agosto de 2019, proibir a empresa de continuar negociando por atuar sem autorização. Foi o início da queda da Atlas como uma pirâmide financeira.
Após a decisão da CVM, a Atlas passou a impedir que seus clientes realizassem o saque de seus investimentos em bitcoins. A empresa então criou a “própria criptomoeda”, chamada bitcoin quantum. Contudo, para infelicidade dos clientes seu preço era imensamente abaixo do bitcoin.,
Mesmo assim, a pirâmide converteu os investimentos de seus clientes em sua nova moeda sem manter a valorização acumulada, causando a perda imediata dos supostos rendimentos dos investidores.
Rodrigo Marques fugiu, mas chegou a ser convocado na CPI das pirâmides financeiras em 2022 na condição de investigado. A última vez em que foi visto, Marques estava esbanjando uma vida de luxo pelas ruas da Califórnia (EUA), conforme relatou o Livecoins em 2024.
De acordo com o Grupo da Operação Valquíria, que localizou seu paradeiro, ele vive nos Estados Unidos há três meses, em uma mansão.
Anteriormente, ele já havia sido localizado em uma mansão próxima de Barcelona (Espanha), onde residiu por alguns anos. Por lá ele também vivia com luxo e dirigia até uma McLaren pelas ruas.
2 Gladson Dantas (Faraó dos Bitcoins) e família – entre 5.000 e 10.000 Bitcoins ou entre R$2,4 bilhões e R$4,9 bilhões
Gladson Acácio dos Santos, mais conhecido como “o faraó do Bitcoin”, construiu um dos maiores e mais controversos impérios de criptomoedas do Brasil por meio da GAS Consultoria.
Outrora vestindo terno, bíblia em mãos e cercado por símbolos de prosperidade, Gladson misturava fé, marketing e promessas de lucros de até 10% ao mês em aplicações cripto. Ademais, ele começou pequeno. Com uma base majoritariamente formada por fiéis e pequenos investidores do interior do Rio de Janeiro, o esquema ganhou proporções bilionárias em poucos anos.
Segundo investigações da Polícia Federal e do Ministério Público, Gladson movimentou mais de R$ 38 bilhões, usando parte dos recursos para bancar uma vida de luxo: carros de luxo, mansões, helicópteros e até shows privados com artistas famosos.
Ele chegou a ser preso em 2021, acusado de montar uma pirâmide financeira com disfarce de investimentos em criptomoedas.
Além de Gladson, sua esposa também foi cúmplice. A venezuelana Mirelis Diaz Zerpa foi presa em Chicago, nos Estados Unidos, por permanecer ilegalmente no país em 2025, após quatro anos da prisão preventiva do seu marido faraó.
Apesar de ostentar liberdade nas redes sociais, já havia um mandado de prisão contra ela. Expedido pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Mirelis era ativa nas redes sociais, onde mostrava uso da IA nas artes, além de postar textos motivacionais. Ela também investia na carreira de DJ.
Fortuna em Bitcoin?
Embora a GAS não operasse em uma exchange pública, e sim de forma “consultiva”, investigadores relataram que Gladson detinha milhares de bitcoins, armazenados em cold wallets (carteiras físicas) e repassados a terceiros.
Apesar disso, em uma das apreensões, a PF encontrou mais de 591 BTC em posse da GAS, o equivalente a mais de R$ 200 milhões na cotação atual.
Documentos apreendidos e depoimentos de ex-funcionários sugerem que a fortuna pessoal de Gladson poderia passar dos 10 mil BTC, embora parte possa ter sido dissipada em gastos, pagamentos ou escondida por meio de laranjas e carteiras não rastreáveis.
Atualmente, mesmo preso preventivamente em alguns períodos, Gladson nega irregularidades, e há seguidores que ainda o defendem como um visionário perseguido por não seguir o sistema bancário tradicional.
3 Diego Aguiar (trader influencer) – mais de 1.000 Bitcoins ou mais de R$ 500 milhões
Diego Aguiar é um influenciador digital e trader brasileiro que ganhou fama na internet por exibir um estilo de vida luxuoso, com carros esportivos, viagens internacionais, mansões e festas.
Ele se apresenta como empresário, investidor e mentor financeiro, especialmente no setor de criptomoedas e trading de ativos voláteis.
Nos últimos anos, Diego passou a ser uma figura popular nas redes sociais, e se envolveu em polêmicas. Anteriormente, Aguiar foi inclusive um dos investigados pela CPI das pirâmides financeiras. Inclusive, a justiça pediu pela quebra de seu sigilo bancário na época.
Ele sempre divulgou conteúdos ligados à liberdade financeira, empreendedorismo e ganhos rápidos por meio do mercado de criptomoedas.
Portanto, ele é frequentemente associado a um estilo de vida luxuoso e a investimentos no mercado de criptomoedas. Estimativas sobre seu patrimônio líquido variam significativamente entre fontes públicas.
O site Purepeople menciona que Diego Aguiar acumula um patrimônio superior a R$ 100 milhões. Notícias dos famosos. Por outro lado, o Jornal do Bolsão estima que seu patrimônio esteja entre R$ 20 a 30 milhões, com uma renda mensal variando de R$ 1 a 2 milhões.
Essas discrepâncias podem ser causas da natureza volátil dos investimentos em criptomoedas e à falta de transparência nas informações financeiras pessoais. Além disso, Diego Aguiar já relatou perdas significativas, como um incidente em que afirmou ter perdido R$ 4 milhões devido a um golpe relacionado a criptomoedas.
NOTA: A pedido do investidor anteriormente citado, seu nome foi removido da lista por questões de segurança.
4 Rogério, o “Lobo” do Bitcoin – mais de 1.000 Bitcoins ou mais de R$500 milhões
Rogério é um dos nomes mais controversos, porém inevitáveis, quando se fala sobre os grandes acumuladores de Bitcoin no Brasil. Ele começou sua jornada no mundo das criptomoedas muito antes do termo “cripto” se tornar popular. O BlockTrends alterou seu nome por questões de segurança. Mas se Rogério pudesse escolher seu sobrenome, seria “lobo”. Justamente pela sagacidade, metodismo e organização.
Seu envolvimento com o Bitcoin remonta ao início da década de 2010, quando identificou o potencial de se tornar um player estratégico no setor de mineração, justamente numa época em que pouquíssimos brasileiros sabiam o que era um bloco ou uma carteira digital.
Foi fundador de empresa do setor, que chegou a ser uma das maiores operações de mineração de Bitcoin na América Latina, com datacenters na Islândia, Hong Kong e Paraguai.
Diferentemente de muitos que entraram no mercado apenas como traders ou investidores, joão foi direto para a infraestrutura da rede, atuando na base do protocolo.
Ele também ficou conhecido por ter sido um dos primeiros brasileiros a usar Bitcoin para comprar imóveis. Além disso, financiar projetos internacionais e até pagar salários de funcionários.
5 Daniel Fraga – entre 600 e 1.000 Bitcoin ou entre R$299 milhões e R$500 milhões
Outra personalidade que não se sabe ao certo onde vive atualmente. Daniel Fraga é um pioneiro do Bitcoin no Brasil, conhecido por sua defesa fervorosa das criptomoedas e críticas ao sistema governamental.
Ele começou a investir em Bitcoin quando a moeda valia cerca de US$ 13, acumulando uma quantidade significativa ao longo dos anos e uma fortuna no longo prazo. Fraga vendeu a casa e o carro em 2015, o que daria uns 300 Bitcoins. Ao especular com o que ele já possuía, é possível que na época que o pioneiro desapareceu tinha cerca de 600 a 1.000 Bitcoins.
Envolvido em diversas disputas judiciais devido às suas opiniões controversas, Fraga supostamente converteu todo o seu patrimônio em Bitcoin para evitar confisco. Desde 2017, ele mantém um perfil discreto, e há poucas informações sobre seu paradeiro atual.
6 Renato Amoedo (“Trezoitão”) – 200 Bitcoins ou R$99 milhões
Por fim, Renato Amoedo, mais conhecido como “Trezoitão”, é um entusiasta e educador no espaço das criptomoedas. Ele é coautor do livro “Bitcoin Red Pill” e utiliza plataformas como Instagram e YouTube para disseminar conhecimento sobre Bitcoin e finanças descentralizadas.
Apesar de sua discrição nas redes, Trezoitão é presença constante em podcasts, conferências e painéis sobre a criptomoeda. Nos eventos, combina análises técnicas com uma visão ética, filosófica e cristã sobre o dinheiro, o Estado e o papel da liberdade individual. Ele defende o Bitcoin não apenas como ativo financeiro, mas como instrumento de soberania e proteção patrimonial.
Renato é uma autoridade moral no meio cripto e, segundo fontes de mercado, teria acumulado dezenas de milhares de reais em Bitcoin desde os primeiros ciclos de alta da moeda.
Contudo, sempre foi discreto, mas especialista já chegou a dizer, em uma das várias entrevistas das quais participou, que seu patrimônio gira em torno de 200 Bitcoins. Além disso, vale dizer que por mais polêmico que seja, ao contrário de outros nomes desta lista, Trezoitão nunca esteve ligado a escândalos financeiros.
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