O mês de fevereiro de 2025 foi marcado por uma forte queda no mercado de criptomoedas, que sofreu uma desvalorização de 20,2%. O relatório mensal de março de 2025, da Binance Research, destaca que essa retração foi impulsionada pelo aumento do sentimento negativo no mercado.
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Dentre os acontecimentos que corrobaram com isso estão o hack histórico de US$ 1,5 bilhão na Bybit e a queda na atividade das memecoins. Além disso, tensões comerciais envolvendo os EUA e seus parceiros comerciais aumentaram a incerteza no mercado.
Hack da Bybit
Um dos eventos mais impactantes do mês foi o ataque hacker à Bybit, que resultou na perda de US$ 1,46 bilhão. Esse foi o maior hack da história das criptomoedas e ocorreu devido a um ataque de phishing direcionado a um desenvolvedor da Safe{Wallet}. Identificaram o grupo de hackers Lazarus Group, da Coreia do Norte, como responsável pelo roubo.
O ataque comprometeu a carteira fria multisig de ETH da Bybit, e a corretora precisou lidar com mais de 350.000 solicitações de saque em 12 horas. Até agora, recuperou-se cerca de US$ 42,89 milhões com a ajuda de diversas plataformas de cripto, como Tether, CoinEx Global e Bitget.
Tarifaço de Trump
Além do hack, o mercado de criptomoedas sofreu com o impacto da confirmação de tarifas de 25% impostas pelo governo Trump sobre importações do Canadá e México. Isso gerou um efeito cascata nos mercados financeiros, levando à queda das ações de grandes empresas como NVIDIA (NVDA), Google (GOOGL) e Amazon (AMZN), que acumulam perdas no ano.
A incerteza também afetou os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, que atingiram seus níveis mais baixos em dois meses. Isso incentivou uma migração de investidores para ativos considerados mais seguros, como stablecoins e Real-World Assets (RWA).
Stablecoins e RWAs em destaque
Enquanto o mercado de criptomoedas caiu, stablecoins e ativos do mundo real (RWAs) tiveram crescimento recorde. O relatório aponta que o valor de mercado das stablecoins superou US$ 224 bilhões, crescendo 10% em 2025. Não somente isso, mas que ativos de RWA alcançaram US$ 17 bilhões, registrando um crescimento de 17% no ano.
Esse movimento se deu pela volatilidade do mercado cripto, levando investidores a buscarem segurança em ativos mais estáveis.
Além disso, a introdução de novos projetos de lei sobre stablecoins nos EUA trouxe mais clareza regulatória, aumentando a confiança dos investidores nesse segmento.
Solana enfrenta queda no TVL
A blockchain Solana (SOL) foi uma das mais impactadas negativamente no mês. A plataforma registrou uma queda de 39%, com saídas de capital na ordem de US$ 485 milhões, principalmente para redes como Ethereum, Arbitrum e BNB Chain.
Os principais fatores para essa fuga de capital foram:
- Queda na atividade de memecoins: O volume diário de negociação caiu mais de 90%, de US$ 35,9 bilhões para US$ 2 bilhões.
- Desbloqueio de tokens: Solana teve uma liberação de 11,2 milhões de tokens, o que pressionou ainda mais os preços.
- Colapso da memecoin $LIBRA: A criptomoeda, promovida por figuras públicas na Argentina, perdeu relevância após escândalos regulatórios.
Enquanto isso, a BNB Chain apresentou estabilidade, impulsionada por atualizações tecnológicas e o crescimento da adoção de memecoins dentro da rede.
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