No último sábado, o bilionário Elon Musk gerou controvérsia ao compartilhar vários posts em redes sociais questionando a situação das reservas de ouro armazenadas em Fort Knox. A desconfiança do bilionário pode desencadear uma reação em cadeia benéfica para o Bitcoin.
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Contextualizando, em suas publicações Musk sugeriu que os EUA talvez não tenha a quantidade de ouro que afirma ter em suas reservas. O mais novo funcionário do governo, que promete aumentar a eficiência de gastos do país, pediu um “tour em vídeo ao vivo” no cofre onde o ouro supostamente estaria para comprovar a existência.
Auditoria no Fort Knox?
A declaração rapidamente repercutiu e encontrou apoio do senador Rand Paul (R-Ky.), que respondeu à postagem do executivo afirmando: “vamos fazer isso”, sugerindo a necessidade de auditorias anuais do local.
Supostamente, o Depósito de Ouro dos EUA, localizado em Fort Knox, Kentucky, armazena aproximadamente 147,3 milhões de onças troy de ouro. Isso representa 59% do total das reservas do Tesouro Americano, segundo o U.S. Mint.
Com a onça de ouro sendo negociada a mais de US$ 2.930 no mercado aberto na última terça-feira, o estoque de ouro de Fort Knox tem um valor de mercado superior a US$ 435 bilhões.
No entanto, o governo mantém o ouro registrado por um valor contábil fixo de apenas US$ 42,22 por onça, resultando em uma valorização oficial de apenas US$ 6 bilhões.
Historicamente, pouquíssimas pessoas tiveram acesso ao interior de Fort Knox. A instalação foi aberta para visitação pública apenas três vezes.
Em 1943 para o presidente Franklin D. Roosevelt; em 1974 para 10 membros do Congresso, a fim de dissipar os mesmos rumores que Musk levantou e em 2017 para uma delegação que incluía o senador Mitch McConnell (R-Ky.) e o então Secretário do Tesouro Steven Mnuchin.
Bom para o Bitcoin?
Atualmente, em paralelo a essa história, corre em mais de 20 estados do país projetos de leis que pedem por uma reserva estratégica em Bitcoin. Além disso, uma das promessas de campanha de Donald Trump foi justamente a criação dessa reserva em âmbito federal.
A senadora Republicana Cynthia Lummis, que propôs a lei, também se agarra a essa promessa como uma campanha política estratégica. A proposta do projeto de lei pede para que o Tesouro adquira 200.000 Bitcoins anualmente durante cinco anos.
Entre os estados que correm nessa direção destacam-se Utah, Arizona, Texas, Pensilvânia, Ohio, Illinois, Massachusetts, Carolina do Norte e Flórida. Essas iniciativas buscam permitir que os tesoureiros estaduais aloquem uma porcentagem dos fundos públicos em Bitcoin e outras criptomoedas.
Por exemplo, Utah avançou significativamente com seu projeto, permitindo a alocação de até 5% dos fundos públicos em ativos digitais.
Enquanto isso, no âmbito federal, o presidente Donald Trump ordenou a criação de um grupo de trabalho para explorar o estabelecimento de uma reserva nacional de criptomoedas.
Esse grupo tem a tarefa de apresentar critérios para uma possível reserva derivada de criptomoedas apreendidas até julho deste ano.
Se não confia em ouro, compre Bitcoin
E porque a desconfiança de Musk poderia impulsionar essa ideia? Simples, empresas que possuem Bitcoin em sua tesouraria adotam diversas práticas para garantir transparência aos investidores e ao público.
A tecnologia blockchain, fundamental para o funcionamento do Bitcoin, oferece um nível inerente de transparência. Todas as transações são registradas em um livro-razão público e imutável, permitindo que qualquer pessoa verifique de forma independente as transações e os saldos em qualquer endereço.
Portanto, agora os entusiastas que defendem a estratégia detém um prato cheio para argumentar a favor da reserva em Bitcoin nos EUA. Não é necessário um “live tour” para ver o ouro no Fort Knox como pediu Musk. Todos os cidadãos teriam acesso a essa informação com a divulgação de um simples endereço de carteira pública do governo.
Os EUA e suas reservas de ouro
Os Estados Unidos possuem a maior reserva de ouro do mundo, armazenando 8.133 toneladas métricas do metal precioso. Essa quantia é mais do que o dobro do que detém o segundo maior detentor, a Alemanha. As reservas dos EUA representam cerca de 4% de todo o ouro extraído no mundo, de acordo com o World Gold Council.
O Depósito de Ouro dos EUA foi construído nos anos 1930, durante o governo de Franklin D. Roosevelt, para centralizar e proteger as reservas do país. A escolha do local, no interior do Kentucky, foi estratégica, buscando reduzir riscos em caso de ataques estrangeiros, especialmente no período que antecedeu a Segunda Guerra Mundial.
Entre 1941 e 1944, Fort Knox também serviu como abrigo para documentos históricos fundamentais, incluindo a Constituição dos EUA e a Declaração de Independência.
Com uma eventual reserva em Bitcoin, potencialmente os EUA poderia alavancar o preço da criptomoeda. Haja visto que são a maior economia do mundo, e muito bons em criar reservas de ativos.
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