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Porque Bitcoin é tão superior à poupança no Brasil

Para entender as diferenças entre Bitcoin e poupança, vale atualizar os números sobre ambos.

O Relatório de Poupança do Banco Central do Brasil relatou nesta segunda-feira (7) que observou, em setembro de 2024, uma captação líquida negativa total de R$ 7,13 bilhões. O valor que saiu da poupança é considerável, e os retirantes deveriam aproveitar e alocar tudo, ou parte disso, em Bitcoin.

O relatório do BC fornece informações detalhadas e diárias sobre os depósitos na caderneta de poupança. Além de dados relacionados ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e à poupança rural. Para entender as diferenças entre Bitcoin e poupança, vale atualizar os números sobre ambos. Para fazer isso, ao menos esta primeira parte, vale assumir o Bitcoin como um veículo de poupança.

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Poupança x Bitcoin: saldos

Segundo o próprio BC, a caderneta de poupança segue apresentando retração, com depósitos no valor de R$ 344,92 bilhões, contra retiradas de R$ 352,06 bilhões. O SBPE, voltado principalmente para o financiamento imobiliário, também apresentou captação líquida negativa.

Em setembro de 2024, o total de depósitos foi de R$ 296,53 bilhões. Enquanto as retiradas alcançaram R$ 302,66 bilhões. Desse modo, resultando em uma saída líquida de R$ 6,13 bilhões. O saldo total acumulado no SBPE em setembro foi de R$ 764,42 bilhões.

A poupança rural, que oferece suporte ao financiamento do agronegócio, registrou uma captação líquida negativa menor que o SBPE. Em setembro de 2024, os depósitos totalizaram R$ 48,39 bilhões, contra retiradas de R$ 49,39 bilhões. Resultando em uma saída líquida de R$ 1 bilhão de reais. O saldo total da poupança rural em setembro foi de R$ 254,91 bilhões.

ETFs de Bitcoin

Por outro lado, ao comparar o mesmo período com as entradas nos ETFs à vista de Bitcoin nos Estados Unidos, que é uma maneira do investidor mais conservador se expor ao Bitcoin, registrou-se uma entrada líquida de US$ 1,1 bilhão (cerca de R$ 6 bilhões).

Atualmente, o saldo nas “contas” destes ETFs é de US$ 18,5 bilhões, ou R$ 101,75 bilhões. Trata-se de um terço da poupança do Brasil, um veículo que surgiu neste ano, em fevereiro.

Além disso, a falta de clareza regulatória impede que grandes corretores ofereçam o produto. Mas é algo que está mudando bem rápido. Vale dizer também que os ETFs à vista não são os únicos “cofres” em que o Bitcoin está.

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Ademais, os endereços novos de Bitcoin no período similar apresentam um aumento. Isso é, novos endereços, ou participantes, da rede Bitcoin tendem a aparecer em tempos de maior apetite ao risco, que é o cenário que o mundo caminha para neste últimos meses.

O que é uma correlação inversamente proporcional as saídas de investidores em renda fixa, no Brasil ou no mundo. O fator também segue em linha, e se destaca ainda mais, quando vem a tona o fato de que mais de 90% dos investidores de Bitcoin já estão no lucro.

Novos endereços poupança Bitcoin

Poupança x Bitcoin: rendimentos

Ao avaliar ambas informações, é possível traçar no mínimo uma causalidade. Os dados mostram uma tendência de saques da poupança brasileira superiores aos depósitos nos últimos meses enquanto os novos entrantes em Bitcoin aumentam.

Apesar disso, nem todo fluxo está indo para investimentos arrojados como Bitcoin, mas também em diversos outros. Isso porque, simplesmente não vale a pena colocar dinheiro na poupança.

Com a taxa Selic elevada, outros tipos de investimento tornaram-se mais atrativos. Isso ocorre porque a remuneração da poupança tem como limite uma regra específica: quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança é fixo em 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR). Atualmente, a Selic está em 10,75% ao ano.

Portanto, muitas vezes o rendimento da poupança é menor do que o rendimento de, por exemplo, outros títulos do tesouro. Além disso, com juros altos, e uma inflação que ainda é difícil de se proteger, o brasileiro tende buscar alternativas de investimento com maior rendimento.

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Entre eles, o Bitcoin, que seria a melhor opção segundo os entusiastas da moeda. A criptomoeda, ao contrário da poupança, verdadeiramente tende a proteger o valor de compra do brasileiro contra a inflação. Inclusive, o gráfico abaixo mostra como o aumento da base monetária no Brasil é um fator volátil.

M2 Brasil poupança Bitcoin
(Imagem: BlockTrends PRO)

O aumento da base monetário é um dos fatores que levam um país à inflação. Isso acontece porque, quanto mais dinheiro em circulação, menos poder de compra a população tem. Os efeitos não são imediatos, e quem sente o peso da inflação de demanda com mais força é a população.

Quem diz isso é Richard Cantillon, em sua teoria que hoje conhece-se como efeito cantillon.

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No mês de setembro, o Bitcoin valorizou 16% em dólar. Enquanto isso, os brasileiros na poupança estão recebendo 0,5% ao mês mais a TR, cerca de 6,17% ao ano, e em Real. Além disso, o cálculo não mede totalmente o efeito cantillon que a impressão de dinheiro do governo pode gerar.

Poupança x Bitcoin: utilidade

Existe quem defenda que não apenas o rendimento é superior, mas a utilidade e a moralidade no Bitcoin também são muito melhores que as da poupança. Isso acontece porque, além de ser um ativo dolarizado, também detém regras.

Mas ao contrário da poupança, que é o Banco Central e órgãos estatais que definem as regras, o Bitcoin obedece o seu código fonte, que não pode ser alterado, e podem ser consultadas por quem quiser. Desse modo, entre as certezas do Bitcoin está a emissão de moedas (serão 21 milhões e só). Já na poupança, o depósito é de real, que obedec à expansão monetária do BC.

Além disso, como a checagem das informações acontece, por diversas pessoas ao redor do mundo a todo segundo assegurando a rede blockchain, e entre diversos outros pontos. Por fim, a regra da verdadeira auto custódia. O investidor pode enviar seu Bitcoin para uma carteira onde ninguém tem acesso, apenas ele.

Esse poder pode proteger os portadores do Bitcoin contra regimes autoritários, ou simplesmente podem dar uma verdadeira autonômia sobre o próprio dinheiro.

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Tempos sombrios da poupança, que nunca acontecerão com Bitcoin

Muito ao contrário da poupança, que como muitos sabem, já viu tempos de confisco com Fernando Collor em 1990. Na época, quando Collor tomou posse como presidente imediatamente baixou 21 Medidas Provisórias (novamenteo número 21, mas de uma forma negativa) e dezenas de portarias. Entre elas a Medida Provisória 168, convertida na Lei 8.024.

Desse modo, o ex-presidente bloqueou o dinheiro dos fundos de renda fixa, das contas correntes, dos investimentos overnight e das cadernetas de poupança. A população poderia sacar um total de até 50 mil cruzados novos, o que, em valores de março de 2024, corresponde a R$ 13.113.

Ao contrário do Bitcoin, que se existisse na época a censura seria impossível.

O restante do dinheiro ficou recolhido no Banco Central durante 18 meses. Sendo devolvido a partir do décimo-nono mês em 12 parcelas mensais. Apesar disso, para não dizerem que não houve redimentos aos brasileiros, receberam juros de 6% ao ano e correção monetária.

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