O Bitcoin negocia perto de sua máxima histórica, e mesmo assim a economia nos EUA indica que a criptomoeda ainda pode alçar voos maiores, conforme relatórios de bancos como BlackRock, Standard Chartered e outros. O Banco Central norte-americano, Federal Reserve (FED) luta para ajustar sua política monetária com objetivo de equilibrar o aumento de liquidez com o controle inflacionário.
Nesta quarta-feira (30), o FED anunciou planos de recompras semanais de até US$ 4 bilhões e aquisições de até US$ 22,5 bilhões em títulos de curto prazo. As medidas visam fornecer maior liquidez para a base monetária (M2).
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Desse modo, essas operações de recompra e compras de títulos pelo Tesouro dos EUA é um movimento de injeção de dinheiro direto na economia. O aumento da oferta monetária desde a pandemia se estabilizou, mas a um custo alto: uma das maiores taxas de juros desde 2007.
Por outro lado, a M2, que agora se mantém em torno de US$ 20 trilhões, teve um crescimento intenso durante a pandemia (2020-2022). Mas o ritmo desacelerou em 2022 devido ao ciclo de alta dos Fed Funds, que atualmente está em torno de 5%.
Que venha a liquidez
Com base no anúncio do Fed, a injeção de liquidez direta totaliza aproximadamente US$ 115,5 bilhões nos próximos três meses. Adicionalmente, analistas já conversam sobre um possível corte de 25 pontos-base ainda este ano. Caso se concretize, é a sinalização do FED de que ainda está tentando flexibilizar o aperto monetário e estimular a economia.
Com a expansão da M2 e a injeção de liquidez via recompra de títulos, há uma expectativa de aumento no apetite ao risco entre os investidores. Especialmente se o FED decidir reduzir as taxas de juros.
A combinação de maior liquidez com um possível alívio na política monetária pode impulsionar mercados de ativos mais voláteis. Muito especialmente em relação aos ativos que são mais líquidos nos EUA e no mundo: como é o caso do Bitcoin e das criptomoedas. Esses em questão tendem a se beneficiar quando há maior disponibilidade de capital.
Todos os caminhos dos EUA podem levar ao Bitcoin
Contudo, um movimento mais brusco pode amedrontar o mercado, e fazer com que os investidores busquem proteção. Diante da incerteza econômica, o ouro surge como um refúgio seguro em momentos de alta volatilidade.
O ouro teve uma valorização acima de 20% no ano. Conforme avalia Cauê Oliveira, analista chefe do BlockTrends PRO, Ouro está tendo o melhor ano desde 1995.
“Busca por hard assets está “escancarando” a necessidade de proteção contra a degradação monetária. Isso não só é feito por indivíduos, mas fundos e governos. Fico só me questionando quando eles perceberem que existe um ativo ainda melhor”, escreveu.
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O comentário do analista é referente à tese do Bitcoin como proteção contra a inflação. Além de agradar aos especuladores com apetite ao risco, o Bitcoin também afaga quem o enxerga como um ouro digital.
Isso acontece porque, o fornecimento total fixo e a inflação previsível da moeda são fatores que envolvem a lei da oferta e demanda e resultam em uma certeza. A certeza que, ao contrário do Fed, vai haver um número limite de Bitcoin no mercado, e a emissão será de 3,12 BTC por bloco. O número também reduz pela metade a cada quatro anos.
Portanto, o movimento do banco central dos EUA, de um jeito ou de outro, pode ser favorável para o Bitcoin. E é claro, após uma forte entrada de liquidez no Bitcoin, é natural que aconteça uma migração para outras criptomoedas por parte dos investidores com apetite ao risco.
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