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Blockchain

O que Esperar da Tecnologia Blockchain em 2020

O investimento em criptoativos requer uma avaliação criteriosa dos projetos em que se irá alocar recursos. Entender quais são as tendências em crescimento é algo que pode lhe render escolhas mais certeiras no mercado.

Como já apontado neste blog, muitos analistas acreditam que o ano de 2020 pode ser explosivo para o Bitcoin. Cada vez mais abraçado como o “ouro digital”, devido às propriedades que possui para o uso como reserva de valor, o criptoativo demonstra já ter uma utilidade real para um grupo específico de usuários, o que tende a ser ampliado na medida em que o protocolo avance com novas funcionalidades. No entanto, quando se olha para um leque mais amplo de redes e projetos voltados a prover serviços baseados na tecnologia blockchain, o que se pode observar é um cenário mais incipiente e até mesmo incerto para uma parte deles.

Com mais de uma centena de tokens utilitários atrelados a tecnologias dessa natureza, uma crítica comum, e que aparenta ter fundamento, é de que alguns projetos por vezes parecem ser uma “solução em busca de um problema”. Não faltam exemplos de projetos que, apenas nos últimos dois anos, chegaram a perder até 90% de seu “valor” de mercado, justamente por falharem em um ou mais dos seguintes pontos: usabilidade, custo operacional, escalabilidade, segurança, dentre outros. Isso evidencia que, se levamos em conta as possibilidades atualmente ofertadas no mercado como um todo, a “diversificação” carrega mais riscos do que oportunidades em potencial.

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Apesar de se tratar de um processo desburocratizado, em termos operacionais, o investimento em criptoativos requer uma avaliação criteriosa dos projetos em que se irá alocar recursos. Logo, entender quais são as tendências em crescimento é algo que pode auxiliar nesse processo, por se tratar de um importante indicador, ao contribuir para um recorte inicial de projetos cujo setor em que atuam tenha potencial real de expansão. E não apenas “hype” ou promessas vazias, carentes de uma base real de usuários ou de uma comunidade dedicada de desenvolvedores.

Para 2020, muito se tem especulado a respeito da expansão e da simplificação das aplicações de finanças descentralizadas (também chamadas de “DeFi”, do inglês decentralized finance), em larga maioria construídas com base na rede Ethereum. Após o famigerado “boom” dos ICOs ocorrido em 2017, em que centenas de projetos lançavam moedas próprias e as ofertavam livremente ao mercado com o intuito de obter financiamento às suas operações, os times desenvolvendo soluções de DeFi são hoje o principal tópico quando se fala em tendências no uso e no desenvolvimento da tecnologia blockchain globalmente. Inclusive, já na primeira semana deste ano, o montante aplicado em serviços de finanças descentralizadas atingiu a cifra recorde de 700 milhões de dólares.

Dentre as principais aplicações de DeFi, destacam-se as soluções de empréstimo com garantia em cripto Maker e Compound, as corretoras descentralizadas dos projetos Uniswap e Kyber, além de tecnologias capazes de criar derivativos de múltiplos ativos financeiros transacionáveis via blockchain. Em resumo, trata-se de um ecossistema nascente, porém promissor, a partir do qual uma carteira digital conectada a uma ou mais redes blockchain permite fazer, sem intermediários, muito mais do que a pura e simples remessas de valor. Ainda que se tenha esperado um avanço maior dessas aplicações já em 2019, ao que tudo indica problemas com a usabilidade e com a preservação da segurança do usuário impediram uma maior expansão do setor. Entretanto, atacar esses pontos e tornar essas ferramentas acessíveis a milhões de usuários nos próximos meses é justamente a promessa de boa parte das plataformas provendo tais serviços.

As outras duas tendências que merecem destaque podem ser consideradas “velhas conhecidas” de quem já acompanha o mercado de criptoativos nos últimos 3 anos: privacidade e escalabilidade. No caso da primeira, há um número crescente de projetos clássicos estudando ou mesmo implementando funcionalidades que ampliem a privacidade dos dados dos usuários, como a Litecoin e a Ethereum, além do próprio Bitcoin. Tudo leva a crer que o tema não mais se irá se restringir às criptomoedas puramente focadas em anonimato, como Monero ou ZCash. Especialmente devido a novas esquemas criptográficos capazes de atribuir opacidade às transferências operacionalizadas via blockchain e à implementação destes em projetos como a Grin e a Beam, novas possibilidades estão se abrindo.

Dentre elas, uma que parece vir para ficar é a noção de “confidential assets”, isto é, a capacidade de criar ativos nativamente digitais ou tokenizar ativos do mundo real e transacioná-los de forma privativa, sem que tudo fique integralmente transparente na base de dados blockchain, como de costume na maior parte das aplicações hoje. Além da rede Beam, que planeja implementar a funcionalidade neste ano, espera-se que a Liquid, rede que roda paralelamente ao protocolo Bitcoin, cresça em adesão de seus recursos que permitem a criação de tokens customizados transacionáveis de forma privativa. Já na Ethereum, a novidade promissora ficou por conta da gigante Ernst & Young, que abriu há poucos dias o código da sua implementação NightFall, um conjunto de protocolos que amplia tanto a privacidade das transações feitas através da rede quanto a eficiência delas, já que permite ainda um incremento em escalabilidade.

Escalabilidade é o termo utilizado para se referir à capacidade de operação e/ou ao volume de transações por segundo sob o qual uma rede é capaz de funcionar adequadamente. Logo, o NightFall, ao prover não apenas maior privacidade, mas tornando possível que um mesmo resultado seja obtido a partir de um menor uso de dados, traz melhorias nas duas tendências mencionadas: escalabilidade e privacidade. Outro projeto que tende a ganhar destaque com ambições similares é a Chainlink, cujo advisor Vitalik Buterin (co-fundador da Ethereum) atestou recentemente o potencial do projeto em ampliar na ordem de milhares de vezes a escalabilidade que possui seu serviço que conecta aplicações em blockchain a dados do mundo real para inúmeros casos de uso.

Por se tratar de uma tecnologia emergente, certamente o espectro de tendências para a tecnologia blockchain não irá se limitar ao que foi trazido aqui. Novas tecnologias podem surgir (ou deixar de existir) rapidamente, e certamente isso irá acontecer. Assim, um olhar atento e reavaliações permanentes podem ajudar no horizonte dos investimentos de médio e longo prazos, quando falamos do mercado de criptoativos. Fique de olho nas próximas postagens e esteja sempre preparado!

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