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Economia

Nubank desaba 11% após primeiro resultado desde o IPO

Prejuízos persistentes ainda são o maior calcanhar de Aquiles da fintech brasileira

O maior banco digital do mundo fez a alegria dos críticos, acostumados a criticar uma startup cuja última linha do balanço, o lucro, costuma ser deixada em segundo plano em relação ao crescimento arrojado.

O lucro do banco chegou a ser escanteado também pelos investidores que viram na alta de clientes e receitas um bom indicativo, fazendo a empresa subir no after hours. No dia seguinte, porém, a realidade do resultado ruim bateu a porta.

No último trimestre do ano, o 4T21, o “Nu”, ganhou 5,8 milhões de clientes, chegando a 53,9 milhões. O consenso do mercado apontava para algo em torno de 4 milhões.

Pela primeira vez o banco também divulgou resultados sobre suas operações no México, com 1,4 milhão de clientes, e na Colômbia, terra natal do CEO e fundador do Nubank, David Velez, onde o Nu tem agora 114 mil clientes.

A expansão internacional é apenas um dos pontos nos quais o Nubank busca se provar. Para além de garantir que consegue replicar seu modelo de crescimento acelerado em outros países, o Nubank ainda precisa provar que consegue também rentabilizar estes clientes.

Nesse sentido, o balanço do banco aponta um certo êxito, com a receita por cliente chegando a $5,6, contra $3,3 um ano antes, e os custos médios por clientes caindo de $0,9 para $0,8. O número, porém, ainda está longe de bancos como Itaú ou Bradesco, cuja receita média por cliente se aproxima de $200 dólares.

Outro indicador relevante apontado pelo Nubank é o de que ao menos 55% dos seus clientes ativos (que respondem por 79% do total), adotaram o Nubank como banco principal.

A grande trava do Nubank, a concessão de crédito, parece ter melhorado significativamente, com um aumento de 88,2% no total de transações em cartões de crédito e débito, para $14,2 bilhões no trimestre.

A carteira de crédito subiu 25% em relação ao 3T21 e dobrou em relação ao 4T20, chegando a $6,5 bilhões.

A inadimplência, o calcanhar de aquiles em meio a qualquer expansão, ficou em 2,6%, contra 3,4% da média do mercado.

Já a receita do banco atingiu $1,7 bilhão de dólares em 2021, um aumento de 130% em relação a 2020, com alta ainda mais expressiva de 234% no 4T21 comparado ao 4T20, chegando a $636 milhões.

Nu Invest

Tendo sido responsável também por aumentar significativamente o número de CPFs na bolsa brasileira, o Nubank tem focado em expandir sua oferta de produtos levando os pequenos investidores a conhecer novos produtos.

Seus fundos, que disponibilizam investimentos em renda fixa, renda variável local e global, se tornaram recentemente os fundos com maior captação líquida de clientes em 2021.

O Nu também tem discutido produtos voltados para o mercado de criptomoedas, segundo apontou o colunista Lauro Jardim.

Atualmente a NuInvest distribui o QBTC11, ETF 100% Bitcoin da gestora QR Asset Management. A empresa estaria conversando sobre outros produtos relacionados ao universo cripto.

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