
A Méliuz (B3: CASH3), empresa brasileira conhecida por sua plataforma de cashback e serviços financeiros, enfrentou uma queda significativa no preço de suas ações após anunciar uma captação de recursos destinada a ampliar seus investimentos em Bitcoin (BTC).
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Portanto, o otimismo do mercado sobre a decisão, que inicialmente impulsionou os papéis da companhia em 2024, não se manteve ininterrupta.
Após o anúncio da captação nesta segunda-feira (20), as ações da Méliuz (CASH3) despencam hoje e já acumulam uma desvalorização de 35% desde o pico de abril, quando atingiram R$ 12,50 por ação. Hoje, 20 de maio, os papéis negociam a cerca de R$ 8,10. Uma queda diária de 9,3%.
Méliuz e a aposta no Bitcoin
Para fins de contexto, vale lembrar que em março de 2025, a Méliuz anunciou que seu Conselho de Administração aprovou a alocação de até 10% de seu caixa em Bitcoin. O movimento começou com a compra inicial de 45,72 BTC por cerca de US$ 4,1 milhões, a um preço médio de US$ 90.296,11 por unidade.
A decisão foi inspirada em empresas como a MicroStrategy, que adotou o Bitcoin como ativo estratégico de tesouraria. Posteriormente, em abril de 2025, a companhia adquiriu mais 274,52 BTC por US$ 28,4 milhões, a um preço médio de US$ 103,6 mil.
A notícia inicial gerou entusiasmo no mercado. As ações da Méliuz dispararam 175% em 30 dias após o anúncio da compra inicial, com um salto de quase 30% em um único dia (16 de abril de 2025).
O volume médio diário de negociações subiu de R$ 4 milhões para R$ 45 milhões, refletindo o interesse dos investidores.
A empresa também convocou uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para 6 de maio de 2025, propondo uma mudança em seu objeto social para incluir investimentos em Bitcoin como estratégia principal de tesouraria. Na segunda AGE, a proposta passou pela aprovação.
O tombo das ações
Apesar do otimismo inicial, a euforia deu lugar à queda em maio de 2025, quando a Méliuz anunciou uma captação de R$ 150 milhões via oferta de ações (follow-on) e emissão de dívida para financiar novas compras de Bitcoin.
Contrariando as expectativas de alta, as ações da companhia desabaram, com quedas de até 25% em uma única sessão. Até 20 de maio de 2025, os papéis acumularam uma desvalorização de cerca de 35% desde o pico atingido em abril.
A queda foi impulsionada por diversos fatores. Especialistas apontam para o preço do Bitcoin como um deles. A criptomoeda chegou a US$ 103,6 mil no momento da compra da Méliuz, mas caiu para cerca de US$ 85 mil em maio de 2025, uma desvalorização de aproximadamente 18%.
Desse modo, a oscilação impactou diretamente a confiança dos investidores na estratégia da Méliuz. Que agora enfrentava perdas não realizadas em seu portfólio de criptomoedas.
Outro ponto é a captação via follow-on, que gerou temores de diluição do valor das ações existentes. Isso acontece porque a emissão de novos papéis reduz a participação percentual dos acionistas atuais.
Analistas do mercado apontaram que a oferta de R$ 150 milhões, embora modesta, foi mal recebida em um momento de incerteza econômica. Por fim, o movimento pode ser uma “simples” realização de lucro. Muito devido justamente a valorização estratosférica da Méliuz nos últimos meses.
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