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Economia

Inimiga das mudanças climáticas e dos ambientalistas, energia nuclear ressurge

1 única libra (453g), de urânio é capaz de gerar a mesma energia que 100 toneladas de carvão, emitindo 0 em gases poluentes, ainda assim, ambientalistas relutam em apoiar a ideia, graças aos mitos em torno da energia nuclear.

Às 2:46 da tarde de 11 de março de 2011, um terremoto de 9 graus na Richter abalou o Japão, provocando um Tsunami que por sua vez levaria a um desastre na usina de Fukushima.

A tripla-catástrofe terminaria com 18 mil vítimas, das quais, 1 em função da explosão do reator da usina nuclear de Fukushima.

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De fato, o stress da evacuação provocou um número maior de vítimas. Autoridades japonesas relatam dezenas de casos de suicídio, possivelmente ligados ao incidente.

Ainda assim, os acidentes nucleares permanecem retratados como casos apocalípticos. Desde 1954, com Atomic Kid, foram ao menos 45 filmes em Hollywood retratando essa temática.

O medo, claro, não nasceu ao acaso. Durante a guerra fria, a corrida nuclear levou Estados Unidos e União Soviética a possuírem arsenais nucleares com poder destrutivo colossal, o suficiente para destruir o planeta algumas vezes.

A confusão entre o uso da energia nuclear enquanto arma, ou enquanto gerador de energia, porém, tem causado um estrago relativamente grande, e há um custo elevado.

Há cada 1 minuto, 15 pessoas devem perder a vida por conta da poluição ao redor do planeta. Isso significa uma média de 45 vítimas no instante em que você está lendo esse texto.

São ao menos 8 milhões por ano, coisa de 200 vezes mais do que o incidente de Chernobyl em 4 décadas. Todos os anos. Poluição, entretanto, não rende uma série da HBO.

O preconceito, e ativismo, contra energia nuclear, remonta ainda os anos 60, com um aumento expressivo nestas últimas duas décadas quando geração solar e eólica se tornaram comercialmente viáveis.

O problema? Ambas as fontes citadas são de geração intermitente. Na prática, o sol não manda energia o dia inteiro, e a sua incidência não é a mesma em todo planeta. Países como Alemanha, por exemplo, tem investido pesado em energia solar ao passo em que fecham usinas nucleares.

O viés público acaba por jogar contra de duas maneiras: a primeira ao reduzir as fontes seguras de geração, em favor das intermitentes, o que força o uso de térmicas poluentes, e em um outro momento, impedindo avanços tecnológicos na área.

Os avanços existem, claro. Ainda que em menor nível que o necessário. No Reino Unido, que vive uma crise energética neste momento, a Roll Royce tem investido em uma usina nuclear modular, muito menor e mais rápida e segura para ser posta em prática.

Nos EUA, Bill Gates e Warren Buffett se unem para construir uma micro usina, com capacidade similar a de uma termelétrica (340MW). Também de construção mais rápida e segura.

A despeito do que dizem séries populares, como lembra o departamento de energia nuclear de Nevada (EUA), em um artigo chamado “7 coisas que os Simpsons entenderam errado sobre energia nuclear”, a segurança tem sido um ponto fundamental nas usinas, motivo pelo qual explosões de minas de carvão seguem causando dezenas de vezes mais vítimas todos os anos do que os acidentes nucleares históricos somados.

Porque ambientalistas detestam a energia nuclear?

Em 2033 a Finlândia se tornará o primeiro país do mundo “carbono-neutro”. O que significa dizer que o país não emitirá gases responsáveis pelas mudanças climáticas.

O país possui 4 reatores em operação, com um quinto sendo entregue em 2022 e um sexto em planejamento.

Também por volta de 2022, o país deve colocar em operação o seu mais ambicioso projeto: um aterro 100% automatizado de armazenamento capaz de guardar o material radioativo mesmo após a extinção da humanidade.

A “tumba” possui capacidade para armazenar material por 100 mil anos.

Com a entrega do quinto reator, ao menos 40% da energia do país nórdico deve vir da energia nuclear.

A despeito das críticas ambientalistas que ocorrem há décadas, é curioso notar como dois dos países de maior tradição progressista, França e Suécia, também apostaram na energia nuclear.

De fato, a França gera hoje 70% da sua energia em reatores nucleares, número maior que o de qualquer outro país no mundo.

Como resultado, a França possui uma emissão per capita de 4,57 toneladas de CO2 por ano, contra 8,84 toneladas dos alemães.

Há pouco mais de 150 anos, quando a Alemanha sequer existia enquanto país, ambos lutavam na guerra Franco-Prussiana pelo controle das províncias de Alsácia e Lorena. O motivo? Carvão.

O combustível da revolução industrial foi objeto de guerra, e ainda hoje é parte substancial da geração de energia na Alemanha. Ainda hoje 23% da geração de energia na Alemanha advém de usinas a carvão (número que era de 45% em 2013).

A transição energética alemã é, de longe, a mais custosa e acelerada no mundo. Até 2025 estima-se que o país terá gasto $525 bilhões.

Dentre as fontes, porém, nada de nuclear. Eólica e solar predominam na agenda alemã. O resultado até aqui: o KWh de energia nuclear custa 0.4€, contra 4€ do KWh de carvão e 1.3-2.3€ em gás.

A energia alemã segue mais cara, e mais instável (afinal, depender do sol não é fácil, depender do sol na Alemanha é ainda pior).

O site “Green América” lista 10 razões pelas quais ambientalistas não devem apoiar energia nuclear, das quais 5 estão relacionadas a segurança e as demais, pressupõe ausência de evolução tecnológico (algo que Gates, Buffett e tantos outros tem desmentido).

Você pode conferir clicando aqui

Razões subjetivas, como o apelo de “energias renováveis”, também encontram espaço na agenda progressista. O plano “Green New Deal”, proposto por democratas americanos, ignora a questão nuclear, da mesma maneira que ignora a dependência de fontes firmes, como usinas térmicas, que podem ser acionadas a qualquer momento para suprir a intermitência de fontes como eólica e solar.

Casos esdrúxulos, como geradores de energia a diesel abastecendo carros elétricos possuem um fundo de verdade. A matriz energética global é suja, e precisa mudar. Sem preconceitos.

A tese do urânio

Com ataques constantes, o urânio viu seu preço por libra (452g), cair de $170 para a mínima de $22. Agora, em meio a crise energética no UK, o preço volta a subir para $45, ainda bastante abaixo das máximas, mas mostrando uma nova tendência.

A tese dos investidores em urânio é simples: a oferta foi deprimida e atacada de tamanha maneira, que ao se perceber a real demanda preço ativo, o preço terá de subir para equilibrar.

O melhor, claro, é dado que 1 libra de urânio gera 3 milhões de KWh, seria possível gerar 80 vezes mais energia com o mesmo gasto em urânio do que em carvão.

O custo de manutenção das usinas, claro, também conta. Mas do ponto de vista da commodity, seu preço encontra-se extremamente baixo dado o tamanho potencial de uso para uma missão global: descarbonizar o planeta.

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